O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto do Brasil desacelerou para 50,9 em dezembro de 51,8 em novembro, informou nesta segunda-feira, 6, a IHS Markit. O número é resultado da média ponderada dos desempenhos da indústria e dos serviços – na margem, os setores mostraram desaceleração de 52,9 para 50,2 e leve alta de 50,9 para 51,0, respectivamente.
"Analisando os resultados combinados das pesquisas PMI do setor industrial e do de serviços, o crescimento da produção do setor privado observado no último trimestre do ano foi um pouco menor do que o observado no terceiro trimestre. Isto sugere que o crescimento do PIB será um pouco decepcionante, e provavelmente ficará abaixo do 0,6% relatado nos três meses anteriores a setembro", avalia, em nota, a economista Pollyanna Lima, da IHS Markit.
Nos serviços, quatro dos cinco subsetores monitorados pela pesquisa mostraram melhora em dezembro ante novembro. As vendas aumentaram pelo sexto mês consecutivo e no segundo ritmo mais rápido deste período, atrás apenas do desempenho de outubro. Os níveis de emprego no setor mostraram crescimento marginal, no pior ritmo do último semestre.
Com relatos de preços mais elevados pagos por alimentos, gasolina e serviços públicos, houve aumento da carga de custos médios, em especial nas categorias de Transporte e Armazenamento e de Serviços ao Consumidor. As empresas aumentaram seus preços de venda, mas continuam prevendo crescimento da produção em 2020.
"O setor de serviços no Brasil continuou se expandindo no final do ano, com o quadro atual permanecendo de resiliência econômica. Além disso, um grau robusto de otimismo em relação aos negócios, aliado ao fortalecimento das condições de demanda, indica que é possível se alcançar um crescimento modesto no curto prazo", diz Pollyanna.