O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu ações coordenadas para enfrentamento da mudança do clima, bem como a ampliação da cobertura vacinal na América do Sul. "Sugiro retomar a cooperação na área de defesa com vistas a dotar a região de maior capacidade de formação e treinamento, intercâmbio de experiências e conhecimentos em matéria de indústria militar, de doutrina e políticas de defesa", disse Lula em discurso na cúpula de todos os países da América do Sul, promovida pelo governo brasileiro em Brasília.
Lula voltou a dizer que a governança global tem mostrado dificuldade em oferecer respostas aos problemas da atualidade, o que demanda uma ação imediata dos presidentes da América do Sul. "Entre as muitas coisas que aprendi na política é que o mandato presidencial é muito mais curto do que aparenta. Não temos tempo a perder", seguiu o presidente, que está no terceiro mandato.
Apesar da defesa da Unasul feita ao longo de todo o discurso, Lula concordou ser preciso avaliar o que não funcionou no bloco esquerdista que deseja retomar. "É essencial avaliar criticamente o que não funcionou e levar em conta essas lições", disse o presidente.
A volta da Unasul conta com a resistência de líderes de direita. O Brasil, por isso, aceita a negociação de um novo bloco multilateral que envolva todos os doze países da América do Sul.