"Bolsonaro é o grande derrotado nessa campanha", diz Jilmar Tatto em SP

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, evitou antecipar uma avaliação de apoios para o segundo turno na capital paulista e disse que o presidente Jair Bolsonaro é o "grande derrotado nessa campanha", após o apoio a Celso Russomanno (Republicanos). Em quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás inclusive de Russomanno, Tatto disse que a transferência de votos entre eleitores dos partidos de esquerda será natural na próxima etapa do pleito e que detalhes sobre eventuais alianças ainda dependem do diálogo do PT com as campanhas de Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB).

"Temos um grande derrotado nessa campanha, que é o Bolsonaro e seu candidato", disse Tatto. "O Russomanno, toda campanha ele comete um grande erro, ele é um especialista em cometer erro, um só e grande. E ele cometeu o erro de se aliar ao Bolsonaro."

O candidato não quis se antecipar ao resultado e disse que tem chances de chegar ao segundo turno, apesar das pesquisas apontarem que ele está atrás dos três candidatos que disputam uma segunda vaga. "Tudo pode acontecer hoje", disse.

Ele reconheceu, no entanto, que a liderança do prefeito Bruno Covas (PSDB), que busca reeleição, é uma realidade.

Para Tatto, a transferência de votos entre eleitores do PT, PSOL e PSB deve ocorrer de forma independente de um apoio formal entre as siglas. Ele diz que nenhum movimento será feito antes dos resultados das urnas.

"O perfil do eleitor, meu e do Boulos, e em certa medida uma parte do (eleitor do) Márcio França, ele naturalmente migra para um voto mais à esquerda, é meio que natural isso", opinou. Ele diz que o apoio mútuo entre os candidatos é uma "certeza", mas que o detalhes ainda devem ser discutidos odiar direções do partido. "Eu nem sei se pode colocar na televisão isso (o apoio de outros partidos)."

Tatto ainda encara a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agendas da sua campanha, por causa da pandemia do novo coronavírus. "Ele nem pode fazer (campanha), está com 75 anos", disse Tatto.

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