O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, celebrou em redes sociais hoje a chegada da primeira aeronave da United Airlines ao Hangar de Manutenção que já pertenceu à Varig e à TAP no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro.
Segundo Prates, a Petrobras também está luta pela revitalização da economia da região, e a reativação do hangar marca uma vitória dos que "persistem na busca de vocações e empreendimentos para manter o Rio de Janeiro como centro de excelência, criatividade e inteligência técnica".
"Viva o Galeão! Viva a revitalização da economia do Rio de Janeiro! A Petrobras também está nesta luta! O Rio sabe que pode contar com a Petrobras", escreveu Prates.
O aeroporto internacional do Rio, localizado na zona norte da capital fluminense, tem gerado debate entre representantes do executivo municipal, estadual e federal. Após o esvaziamento do Galeão, que opera atualmente muito abaixo de sua capacidade, a concessionária que opera o aeroporto pediu a devolução da concessão, questão que o governo federal tentava solucionar.
"A descontinuidade na operação deste centro de manutenção de aeronaves tinha desempregado excelentes profissionais de padrão mundial. A volta do empreendimento à operação mostra que será possível fazer serviços de engenharia e manutenção de aeronaves em bases competitivas no Galeão", defendeu Prates, em sua rede social.
"Hoje, a volta deste hangar mostra que desenvolver a engenharia nacional exige muita determinação e a integração de governos, empresas, técnicos e força de trabalho em geral."
Mais cedo, nesta quinta-feira, 8, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), voltou a cobrar uma solução do governo federal para reverter o esvaziamento do Galeão.
Em texto publicado também em rede social, Paes alerta que a falta de uma solução para o abandono do Galeão pode levar a uma perda estrutural na economia do Estado, uma vez que o aeroporto é fundamental no transporte de cargas e passageiros, além de gerar empregos, ajudar no desenvolvimento local e movimentar a atividade econômica.
"A não resolução da questão do Galeão pode reduzir o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado do Rio em R$ 47,9 bilhões e levar o Estado a perder 634 mil empregos, o que pode reduzir o PIB do Brasil em 0,6% no mesmo período. Além disso, a não resolução do Galeão pode deixar o Brasil com somente uma grande porta de entrada de estrangeiros, prejudicando a economia nacional. Em resumo, a fraqueza do Galeão no Rio pode ter impactos negativos significativos na economia do Brasil", diz a postagem do prefeito.
O texto afirma que o problema começou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que "certamente vai ser consertado" pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. Tanto Lula quanto França foram marcados pelo prefeito na postagem.
Paes sugere como "medidas simples e imediatas que podem ser tomadas pelo ministro" para começar a resolver o problema a redução no número de voos no aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio, incluindo a limitação de destinos daquele aeroporto a somente São Paulo e Brasília, além da proibição de voos internacionais com conexão direta.
"É uma questão de decisão política e de respeito ao Rio", afirma a postagem de Eduardo Paes.