A Fifa revelou nesta quinta-feira que dará uma premiação para todas as jogadoras inscritas na Copa do Mundo de Futebol Feminino, que será disputada em julho na Nova Zelândia e na Austrália. Todas as atletas receberão, no mínimo, US$ 30 mil, equivalente a cerca de R$ 147 mil.
Os US$ 30 mil serão destinados para as jogadoras que forem eliminadas já na primeira fase. As atletas das 16 seleções que avançarem receberão US$ 60 mil, chegando até a US$ 270 mil para as campeãs.
"A FIFPRO está muito satisfeita com as medidas tomadas pela Fifa para estabelecer esse mecanismo de pagamento garantido às jogadoras. A chave do sucesso deste modelo é que ele é aplicado universalmente e é justo, que é o que as jogadoras de futebol nos dizem que desejam acima de tudo. Vemos que este é apenas o começo do que será uma jornada de transformação para o cenário do futebol profissional feminino junto com a Fifa", disse David Aganzo, presidente da Fifpro, espécie de sindicato dos jogadores.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, exaltou o trabalho da entidade na busca por uma maior equidade de gênero. "O salário global das jogadoras profissionais de futebol é de aproximadamente US$ 14 mil por ano, portanto, os valores alcançados sob esse novo modelo de distribuição sem precedentes terão um impacto real e significativo nas vidas e carreiras dessas jogadoras. Além disso, todas as seleções também receberão uma distribuição financeira recorde com base em seu desempenho, que poderão usar para reinvestir no futebol de seus países e que acreditamos que ajudará a impulsionar ainda mais o futebol feminino", afirmou.
Segundo ainda a entidade, o investimento total na Copa do Mundo Feminina está orçado em mais de US$ 500 milhões, cerca de R$ 2,4 milhões, no câmbio desta quinta.
O Brasil está no Grupo F da Copa do Mundo ao lado de França, Jamaica e Panamá, seu primeiro adversário. A estreia será no dia 24 de julho, às 8h, no Hindmarsh Stadium, em Adelaide, na Austrália.