O governo colombiano e os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciaram nesta sexta-feira, 9, em Cuba, um acordo para um cessar-fogo bilateral por um período preliminar de 180 dias. Este é o passo mais concreto que surgiu até agora de um diálogo entre ambos os lados para chegar a um acordo de paz no país andino.
Liderados pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, e o principal comandante da guerrilha, Antonio García, cujo nome legal é Eliécer Herlinto Chamorro Acosta, os negociadores de ambas as partes anunciaram o acordo ao final do terceiro ciclo da mesa de diálogo. É considerado o pacto mais importante até agora nessas negociações e gerou grandes expectativas na Colômbia.
"Este tipo de acordo é uma esperança de que os conflitos possam ser resolvidos por vias diplomáticas e políticas", disse o comandante guerrilheiro, Pablo Beltrán, que representava o ELN na cerimônia, em Havana. Também participaram o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, assim como os diplomatas dos países fiadores do processo.
Segundo o documento acordado, o cessar-fogo será feito por fases e a sua implementação está prevista para começar em 3 de agosto. O acordo determinou que a cessação durará preliminarmente 180 dias e terá um mecanismo de monitoramento e verificação acompanhado pelas Nações Unidas, a Igreja Católica, os países garantidores e representantes da sociedade civil.
