O ator e comediante Bill Cosby enfrenta novas acusações de agressão sexual, desta vez, no estado de Nevada, nos Estados Unidos. Ao todo, nove mulheres o acusam de usar a sua "fama e prestígio" para cometer os abusos, que teriam acontecido no camarim dos bastidores de Cosby e em seu hotel em Las Vegas, entre os anos 1979 e 1992. O processo foi aberto nesta quarta-feira, 14. As informações são do portal <i>Variety</i>.
Cosby já encara inúmeras denúncias com o mesmo teor que datam da década de 60 a 2018. Dentre as alegações, as vítimas imputam estupro, agressão, assédio sexual, uso de bebidas batizadas e abuso de menores. Em abril de 2018, o ator foi condenado na Pensilvânia, mas em 2021 o Supremo Tribunal estadual anulou a condenação após três anos preso.
A acusação em Nevada acontece depois que o governador, Joe Lombardo, assinou a lei "Look back windows" (olhando para trás, em tradução para o português), que elimina o estatuto de limitações para casos civis estaduais, incluindo casos de abuso sexual. O estado também impõem um prazo de dois anos para as vítimas levarem os casos ao tribunal.
O grupo de mulheres responsável pela queixa pretende se pronunciar em uma entrevista no <i>NBC News Daily</i> nesta quinta-feira, 15.
À <i>Variety</i>, o porta-voz de Cosby, Andrew Wyatt, confirmou o novo processo contra Cosby, mas reiterou que o ator nega todas as acusações feitas ao longo dos anos.
Wyatt ainda questiona o fato da nova lei, que permite que as vítimas possam registrar os abusos independente de quando tenham ocorrido, esteja acontecendo nos estados onde residem as supostas vítimas do ator. "Isso faz com que todos os americanos se perguntem: Quem está financiando esses supostos acusadores e quem está financiando esses legisladores?"