Estadão

Bolsas da Europa fecham em leve alta, observando postura do BCE e perspectivas para a China

As bolsas da Europa fecharam em leves altas nesta terça-feira, após um começo de semana que também não contou com variações bruscas nos índices. O processo de aperto monetário pelos principais bancos centrais segue sendo avaliado, e, nesta sessão, os comentários da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, tiveram importante repercussão. Há ainda algum otimismo com a economia chinesa, seguindo falas de dirigentes locais.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,09%, a 453,09 pontos.

Para o analista Craig Erlam, da Oanda, tem sido um início de semana relativamente lento até agora, mas é provável que as coisas mudem com mais aparições de proeminentes banqueiros centrais e dados importantes que serão divulgados nos próximos dias. Os mercados de ações estão um pouco mais altos no início da sessão europeia, depois de algumas semanas difíceis. "A inflação persistente preocupa os investidores de que pode haver um preço econômico muito mais alto a pagar pela restauração da estabilidade de preços, o que parece ter abalado um pouco a confiança", avalia.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse nesta terça-feira que a inflação da zona do euro está muito alta e assim continuará por muito tempo. Neste contexto, Lagarde reiterou que o BCE precisa elevar seus juros a níveis "suficientemente restritivos" e mantê-los nesse patamar "pelo tempo que for necessário". Em discurso feito durante evento do BCE em Sintra, Portugal, Lagarde reiterou que a instituição está comprometida a cumprir sua meta de inflação de 2%, "não importa o que vier".

Outro dirigentes do BCE se manifestaram ao longo do dia, como Martins Kazaks que disse nesta terça-feira que acredita que será preciso aumentar ainda mais os juros na zona do euro, e que não deverá ocorrer cortes nas taxas no primeiro semestre de 2024. Ele não descartou a possibilidade de uma alta adicional já na próxima decisão monetária.

Horas antes, no entanto, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, havia afirmado que o crescimento da segunda maior economia do mundo provavelmente ganhou força no segundo trimestre e poderá atingir a meta oficial de "cerca de 5%" estipulada para este ano.

Neste cenário, o FTSE 100 subiu 0,11%, a 7.461,46 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,21%, a 15.846,86 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,43%, a 7.215,58 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,58%, a 27.401,09 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve ganho de 1,31%, a 9.395,40 pontos. E o PSI 20 avançou 0,03% em Lisboa, a 5.910,20 pontos.

Posso ajudar?