O setor público consolidado teve um resultado negativo de R$ 69,053 bilhões com juros em maio, após esta rubrica ter encerrado abril com um gasto de R$ 45,753 bilhões, informou na manhã desta sexta-feira, 30, o Banco Central.
No ano, a despesa com juros acumulada é de R$ 296,596 bilhões, ou 6,87% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto, em 12 meses, o resultado negativo é de R$ 695,572 bilhões, o que representa 6,77% do PIB.
De acordo com o BC, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no quinto mês de 2023 despesas na conta de juros de R$ 59,741 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 8,775 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 537 milhões.
<b>Dívida bruta</b>
A dívida pública brasileira aumentou pelo segundo mês seguido em maio. Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral alcançou R$ 7,563 trilhões no mês passado, o que representa 73,6% do PIB.
Esse patamar é superior à taxa de abril, de 72,9% do PIB (dado revisado). O pico da série da dívida bruta foi alcançado em outubro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
Da mesma forma, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) cresceu no quinto mês de 2023. Passou de 57,0% em abril (dado revisado) para 57,8% do Produto Interno Bruto. A DLSP atingiu R$ 5,935 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.