Estadão

Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, recuperando parte das perdas e com payroll nos EUA

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta sexta-feira, 7 acompanhando um cenário de ganhos para ativos de risco, que foi consolidado especialmente após a publicação do relatório de empregos de junho nos Estados Unidos. Na quinta-feira, uma leitura inicial bem acima da expectativa de analistas havia criado uma perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) pudesse reforçar ainda mais seu aperto monetário. No entanto, hoje, o número de criação de vagas veio mais próximo do que era antecipado, e os índices recuperaram parte das perdas em sua maioria.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,10%, a 447,65 pontos.

Na visão de Craig Erlam, analista da Oanda, há uma ansiedade crescente sobre a resiliência da economia e o que isso significará para as taxas de juros até o final deste ano e 2024. "Os investidores sempre parecem encontrar uma maneira de olhar para o lado positivo, o que pode explicar a desconexão entre os temores econômicos devido ao rápido aumento das taxas de juros e ao desempenho dos índices", avalia. "E isso pode ser recompensado se os bancos centrais conseguirem a aterrissagem suave que esperam, mas com todos os dados resilientes e o aumento adicional das taxas, isso parece cada vez mais difícil", afirma Erlam.

Na zona do euro, a perspectiva é de mais aumentos de juros. Em discurso hoje, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, voltou a dizer que instituição "ainda não acabou seu trabalho" de aperto das condições monetárias, embora já tenha elevado seus principais juros em 4 pontos porcentuais desde julho do ano passado. Mais cedo, pesquisa da Destatis mostrou que a produção industrial da Alemanha encolheu 0,2% em maio, contrariando previsão de leve alta.

E, no Reino Unido, o aperto monetário prossegue. A dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) Catherine Mann afirmou que é necessário apertar mais a política monetária agora, para evitar algo mais acentuado no futuro. O cenário pressionou o FTSE 100, em Londres, que caiu 0,32%, a 7.256,94 pontos. Outra queda de destaque foi do Ibex 35, em Madri, que caiu 0,36%, a 9.251,20 pontos.

Já entre as altas, o DAX subiu 0,48%, a 15.603,40 pontos, em Frankfurt. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,42%, a 7.111,88 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,99%, a 27.778,32 pontos. E em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,28%, a 5.889,33 pontos.

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