Estadão

Reino Unido desencoraja uso de bombas de fragmentação após EUA concordar em enviá-las à Ucrânia

O premiê britânico, Rishi Sunak, disse neste sábado, 8, que o Reino Unido é signatário de uma convenção que proíbe a produção ou o uso de bombas de fragmentação, depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, concordou em enviar as polêmicas munições para a Ucrânia.

O governo dos EUA anunciou que enviaria bombas de fragmentação como parte de um pacote de assistência de segurança de US$ 800 milhões, em uma ação que, segundo Kiev, teria um "extraordinário impacto psicoemocional" sobre as forças russas de ocupação.

Quando as bombas de fragmentação detonam, elas espalham dezenas de minúsculos fragmentos de bombas em uma ampla área, sendo que grande parte deles se enterra no solo em vez de explodir.

Na verdade, as armas deixam um campo de minas antipessoais em seu rastro, representando um perigo letal para os civis, geralmente crianças.

O ministro da defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, saudou a decisão dos EUA de enviar munições de fragmentação ao país. A decisão dos EUA de fornecer à Ucrânia as chamadas bombas de fragmentação, que são amplamente proibidas, provocou a condenação de grupos de direitos humanos.

Em uma postagem no Twitter, no entanto, Reznikov disse que as novas armas "nos ajudarão significativamente a desocupar nossos territórios, salvando as vidas dos soldados ucranianos". Ele disse, além disso, que as munições "não serão usadas no território oficialmente reconhecido da Rússia".

Em resposta, a Rússia disse que a decisão de fornecer munições de fragmentação à Ucrânia é um "ato de desespero" e demonstra "fraqueza". A porta-voz russa Maria Zakharova disse em um comunicado: "A mais recente arma milagrosa na qual Washington e Kiev estão apostando, sem pensar nas graves consequências, não terá nenhum efeito sobre a operação militar especial".

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