Estadão

Enfrentamos momento mais delicado da história do corpo funcional, diz diretora do BC

Em meio à nova operação padrão dos servidores do Banco Central (BC), a diretora de Administração da instituição, Carolina Assis de Barros, alertou para o risco operacional decorrente das atuais condições de trabalho no órgão. Ela citou a falta de quadros técnicos e as assimetrias de remuneração em relação a outras carreiras do Executivo.

"Enfrentamos o momento mais delicado da história do corpo funcional do BC, e isso vem se arrastando desde 2016. Temos questões remuneratórias, não remuneratórias e o esvaziamento dos quadros", afirmou na live semanal da autoridade monetária.

O último concurso do BC aconteceu em 2013, com o último ingresso de novos servidores na autarquia em 2015. "Desde 2016 a gente vem reiterando pedidos de concursos. Temos uma fixação em lei de 6.470 servidores, mas hoje estamos no nosso mínimo histórico, com 3.370 funcionários. Desde o fim de 2008, a força de trabalho do BC caiu 32%, enquanto no conjunto dos outros órgãos do Executivo houve crescimento de 4%", comparou.

A diretora destacou que o BC já entregou ao governo uma proposta de bônus de produtividade, a exemplo do regulamentado para a Receita Federal neste ano. "Criamos um programa de desempenho atrelado a uma remuneração variável. Isso em nada é diferente ao que a Receita já tem hoje", acrescentou.

Carolina lembrou ainda que diversos sistemas financeiros funcionam 24 horas nos sete dias da semana, exigindo também a presença de equipes trabalhando no BC. "O que pedimos não é remuneração de horas extras, mas a regulamentação desse sobreaviso não remunerado, para que possamos ter, por exemplo, um banco de horas", completou.

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