Os terminais rodoviários de São Paulo receberão sensores térmicos para medir a temperatura dos usuários, câmeras inteligentes que identificação aglomerações e "boxes neutralizadores" – túneis que borrifam um desinfetante, digluconato de clorexidina a 0,2%, por onde o passageiro deve passar. As medidas estão sendo adotadas pela Socicam, empresa que administra os terminais, para tentar evitar a propagação do coronavírus no transporte rodoviário.
O boxe neutralizador do Terminal Tietê, na zona norte da capital, foi instalado no fim de semana e está em testes. A instalação dos demais equipamentos deve ocorrer nos próximos dias.
O resultado do piloto dará as diretrizes para a replicação do esquema nas demais rodoviárias da cidade (Barra Funda, na zona oeste, e Jabaquara, na zona sul) e outros terminais do País – a empresa administra 28 rodoviárias e 14 aeroportos no País. Outro teste ocorre na rodoviária de Campinas, no interior do Estado.
No caso dos sensores de calor, a empresa ainda irá definir com as autoridades sanitárias qual será o procedimento a ser adotada quando detectarem que algum passageiro está com indícios de febre.
Já o uso do boxe neutralizador será facultativo, de modo e não impedir a entrada de pessoas que se recusarem a passar por ele.
"O produto (borrifado nas pessoas) não faz mal à saúde", disse o diretor de Novos Negócios e Inovação da Socicam, Wanderley Galhiego Júnior.
Esses boxes estão na entrada do terminal e também no setor de desembarque, para passageiros que chegam à capital.
O objetivo é tentar criar no interior dos terminais áreas livres da presença do vírus. Segundo especialistas, o transporte coletivo é o segundo principal meio de propagação do coronavírus, atrás apenas dos hospitais.
O objeto do projeto, que é chamado de "Embarque Seguro", é garantir a biossegurança dos terminais, que neste mês chegaram a ter uma queda de 90% no movimento. Há outras ações, como orientação para que as pessoas mantenham distância nas filas e nos bancos, à espera do horário da viagem.