Nesta segunda-feira, 24, Kiev reivindicou a responsabilidade por um ataque noturno de drones contra Moscou, enquanto os bombardeios russos também ocorreram na Crimeia e na região de Odessa, no sul da Ucrânia. Uma fonte da defesa ucraniana, que pediu anonimato, disse à <i>AFP</i> que o ataque a Moscou foi "uma operação especial do GUR", os serviços de inteligência militar da Ucrânia.
Essa afirmação incomum de Kiev foi feita depois que o presidente ucraniano Volodimir Zelenski ameaçou retaliar o bombardeio russo em Odessa no último fim de semana, que deixou dois mortos e causou danos a uma catedral.
A Rússia, por sua vez, advertiu que contemplava uma "retaliação severa", segundo sua diplomacia, acusando as potências ocidentais de estarem "por trás dos atos descarados de Kiev".
A região de Moscou não era atacada por drones há quase três semanas. Os militares russos, que denunciaram um "ato terrorista", disseram que dois drones ucranianos foram neutralizados e caíram sem causar vítimas.
Um dos dispositivos caiu em uma das principais vias da capital russa, a Komsomolsky Prospekt, perto do Ministério da Defesa, onde os jornalistas da <i>AFP</i> viram um prédio com o telhado danificado e vários veículos de emergência. Outro drone atingiu o centro comercial na rua Likhacheva.
Moscou e sua região metropolitana, que ficam a mais de 500 km da fronteira com a Ucrânia, já foram atacadas por drones antes. Em maio, um deles atingiu o Kremlin. Em 4 de julho, cinco drones foram abatidos na região de Moscou, de acordo com as autoridades. O ataque interrompeu a operação do aeroporto internacional de Vnukovo.