Estadão

FMI corta projeção para inflação global neste ano, de 7,0% em abril a 6,8%, mas eleva a de 2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca o fato de que a inflação global tem desacelerado, mas adverte que o núcleo dos preços, que contém itens menos voláteis, mostra trajetória mais gradual. Na atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicada nesta terça-feira, 25, a entidade cortou sua projeção para a inflação no mundo em 2023, de 7,0% no WEO de abril para 6,8% agora, mas reviu para cima a expectativa para a alta de 2024, de 4,9% a 5,2%.

O fundo acredita agora que o núcleo da inflação no mundo terá alta de 6,0% em 2023 e de 4,7% em 2024. Segundo ele, isso significa uma revisão em alta de 0,3 ponto porcentual para o ano atual e de 0,4 para 2024, na comparação com as expectativas de abril. Na base de comparação anual, cerca de metade das economias não deve ter queda no núcleo da inflação em 2023, destaca.

"No geral, a inflação deve seguir acima da meta em 2023 em 96% das economias com metas da inflação e em 89% dessas economias em 2024", afirma o fundo. Os bancos centrais têm elevado juros para conter o quadro inflacionário, o que pesa na atividade, diz ele.

O FMI adverte, no relatório de hoje, que a inflação pode seguir em nível elevado, caso ocorram mais choques, como a intensificação na guerra na Ucrânia, bem como eventuais "eventos extremos" no clima.

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