As bolsas da Europa fecharam a quinta-feira, 3, em queda, depois de um pregão marcado pelos dados fracos de atividade do setor de serviços e com cautela após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) elevar o juro básico do Reino Unido em 25 pontos-base, para 5,25% ao ano.
Em Londres, o FTSE 100, recuou 0,46% a 7.529,16 pontos, o índice DAX, em Frankfurt, também fechou em queda de 0,79%, a 15.893,38 pontos. O CAC 40, em Paris, caiu 0,72%, a 7.260,53 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, também teve perdas, de 0,94%, a 28.702,74 pontos. Em Madri, o índice Ibex 35 recuou 0,39%, a 9.292,40 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 teve ganho de 0,18%, a 5.989,95 pontos. As cotações são preliminares.
O PMI de serviços da zona do euro caiu para 50,9 em julho, segundo pesquisa final da S&P Global, e se aproxima do território de contração abaixo de 50 pontos. Nesta quinta, os investidores também acompanharam o novo dado de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) no bloco, que indicou deflação de 3,4% em junho na variação anual.Sem energia, entretanto, o indicador registrou alta anual de 2,5%.
Em Londres, o FTSE 100 caiu levemente menos que seus pares depois da decisão de política monetária do BoE. Segundo o presidente da instituição, Andrew Bailey, um novo aumento em 25 pontos-base em setembro não é certo, e depende dos próximos dados, que os investidores esperam indicar para uma atenuação da inflação.
Os investidores ainda seguem com a aversão ao risco do pregão de quarta-feira, digerindo o rebaixamento na nota de crédito dos EUA e suas implicações mundiais.
Dentre os destaques, as ações da empresa de aviação Rolls Royce operaram o pregão de quinta em forte alta em Londres, subindo 4,16% depois de publicar um balanço que agradou os investidores da gigante da engenharia. "Embora o balanço patrimonial ainda exija bastante trabalho, os investidores receberam com satisfação o forte aumento na receita, lucratividade e margens em comparação com o mesmo período do ano passado", pontuou o analista da eToro, Mark Crouch.
Na Bolsa de Frankfurt, as atenções se voltaram ao papel da gigante de aeronáutica Lufthansa, que amargou perdas de 5,35%. Para analistas do Deutsche Bank, a projeção da Lufthansa para o custo unitário sem combustíveis pode ter decepcionado, como foi o caso da Air France-KLM na semana passada.
Além disso, na Suécia, a ação da montadora Volvo caiu 1,15% depois da empresa publicar detalhes sobre vendas de veículos neste ano. Na Bélgica, os papéis da AB InBev, dona da Ambev no Brasil e maior cervejeira do mundo, subiram 1,35% depois da empresa agradar os investidores com um Ebitda melhor que o esperado.