A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio abriram uma operação na manhã desta sexta-feira, 4, para investigar um esquema de "gatonet" supostamente operado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões, o Suel, preso no último dia 24 por participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão.
O suposto envolvimento de Suel com um esquema de "gatonet" foi registrado na decisão que o colocou no banco dos réus pelas mortes de Marielle e Anderson. Quando mandou prender o ex-bombeiro, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, apontou "indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de gatonet em Rocha Miranda , na zona norte do Rio.
No caso Marielle, o ex-bombeiro teria "prestado auxílio moral e material em atos preparatórios" do assassinato, indicou o magistrado. O despacho também destacou a ligação entre Maxwell e o ex-PM Ronnie Lessa, apontado como executor dos disparos que vitimaram Marielle e Anderson.
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxwell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle, dando "apoio logístico de integração" com os demais investigados. O chefe da corporação diz que o ex-bombeiro teve "papel importante" no caso, tanto "antes como depois".