O Brasil tinha 83,4 milhões de trabalhadores ocupados em junho, mas cerca de 14,8 milhões estavam afastados do trabalho. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dessa fatia de afastados, 48,4% estavam sem remuneração, o equivalente a 7,1 milhões de trabalhadores. Em maio, o porcentual de afastados sem remuneração era de 51,3%, o equivalente a 9,7 milhões de pessoas.
No Nordeste, 51,8% das pessoas afastadas do trabalho estavam sem remuneração.
Em todo o País, a fatia de afastados como decorrência das medidas de distanciamento social para combate à pandemia do novo coronavírus caiu de 18,6% dos ocupados em maio para 14,2% dos ocupados em junho, totalizando 11,8 milhões de pessoas, embora tenha havido redução em todas as grandes regiões do País.
O Nordeste teve a maior proporção de afastados do trabalho devido ao distanciamento social (20,2%), seguido pela região Norte, (17,1%), enquanto o Sul foi a região menos afetada pelo isolamento (7,8%).
No mês de junho, 27,3% da população ocupada, 18,7 milhões de pessoas, trabalharam menos do que sua jornada habitual, enquanto cerca de 2,6 milhões de pessoas trabalharam acima da média habitual. A média semanal de horas efetivamente trabalhadas em junho foi de 29,5 horas no País, ante uma média habitual de 39,8 horas.
O rendimento efetivo dos trabalhadores foi de R$ 1.944 em junho, 16,6% aquém do rendimento habitual de R$ 2.332. Em maio, a renda efetiva foi 18,5% inferior à habitual.