O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,2%, para R$ 5,405 trilhões, de junho para julho, informou na manhã desta segunda-feira, 28, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 8,2%.
Em julho ante junho, houve alta de 0,4% no estoque para pessoas físicas e redução de 1,1% no estoque para pessoas jurídicas.
De acordo com o BC, o estoque de crédito livre caiu 0,8% no sétimo mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,7%.
No crédito livre, houve avanço de 0,3% no saldo para pessoas físicas em julho. Para as empresas, o estoque baixou 2,3% no período.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 52,5% para 52,1% na passagem de junho para julho.
<b>Habitação e veículos</b>
O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,5% em julho ante junho, totalizando R$ 972,847 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até julho, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 10,3%.
Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física avançou 0,7% em julho ante junho, para R$ 270,829 bilhões. Em 12 meses, a variação foi positiva em 8,9%
<b>Setores</b>
De acordo com o BC, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária caiu 1,2% em julho, para R$ 42,644 bilhões.
Já o saldo para a indústria recuou 1,1%, para R$ 816,952 bilhões. O montante para o setor de serviços também teve queda, de 1,8%, para R$ 1,224 trilhão.
No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 13,8%, aos R$ 5,233 bilhões.
<b>BNDES</b>
O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve alta de 0,1% em julho ante junho, somando R$ 392,570 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até julho, a elevação acumulada é de 3,9%.
No sétimo mês de 2023, houve queda de 1,6% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, aumento de 0,1% no financiamento de investimentos e avanço de 6,6% no saldo de capital de giro.
<b>Setor não financeiro</b>
O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro caiu 0,5% em julho ante junho, para R$ 15,170 trilhões. O montante equivale a 146,2% do PIB do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.
O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.
No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado recuou 0,8% em julho ante junho, para R$ 5,174 trilhões. O montante equivale a 49,9% do PIB.
<b>Concessões</b>
As concessões dos bancos no crédito livre caíram 9,3% em julho ante junho, para R$ 423,3 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até julho, porém, ainda há um aumento de 6,9%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.
No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 0,3% em julho, para R$ 245,9 bilhões. Em 12 meses, há alta de 12,5%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões despencaram 19,3% em julho ante junho, para R$ 177,4 bilhões. Em 12 meses, o avanço é de apenas 1,0%.