O setor de grande varejo farmacêutico alcançou faturamento recorde de R$ 58,2 bilhões em 2020, com alta de 8,8% em relação a 2019, aponta a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Segundo a entidade, grande parte do resultado foi impulsionado pela venda de produtos classificados como "não medicamentos", por exemplo, itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumarias. Essas mercadorias movimentaram R$ 18,7 bilhões nas gôndolas e tiveram avanço de 9,16% em relação ao ano anterior. O valor representa 32% da receita total do setor.
Além disso, os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) registraram incremento anual de 17,68%, chegando pela primeira vez à casa dos R$ 10 bilhões em receita. A comercialização geral de medicamentos foi de R$ 39,4 bilhões no período.
De acordo com a Abrafarma, o segmento de e-commerce e delivery ganhou relevância, com alta de 137,11% em relação ao ano anterior. A categoria totalizou R$ 1,77 bilhão em receita e ampliou a representatividade de 1% para 3% do volume de negócios. Outro destaque do ano foi a introdução dos testes rápidos para covid-19 a partir de abril, que ultrapassou a marca de 2,5 milhões de testagens realizadas.
A associação também aponta que o tíquete médio das farmácias saltou de R$ 55,07 para R$ 65,69, alta de 19,2%. "O grande varejo viveu em cinco meses uma transformação de cinco anos em função da pandemia e do novo perfil do consumidor, muito mais digital e objetivo nas suas compras. E as farmácias ganharam relevância nesse contexto, tornando-se um canal cada vez mais conveniente para o cliente adquirir uma ampla cesta de produtos", avalia Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, em nota enviada ao <b>Broadcast</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
A Abrafarma aponta que as empresas associadas detêm participação de mercado de 45% do setor, embora representem apenas 10% das 80 mil farmácias em operação no País.