Um dia após Marcos Braz dar coletiva para "explicar" a briga com um flamenguista em shopping do Rio e alegar que foi "ameaçado de morte e era vítima", o jovem Leandro Campos, entregador de 22 anos, deu sua versão, questionou as justificativas e contou uma história bastante diferente. O torcedor revelou que não iniciou a briga, que apenas cobrou a saída do vice-presidente de futebol do Flamengo, reafirmou ter sido "mordido na virilha" e que ainda levou um chute de amigo do Braz – o dirigente jurou que estava sozinho no local. Por isso, irá processá-lo.
Representado pela advogada Ana Luize, Leandro Campos afirmou que não fez nada demais no dia da confusão. "Sou vítima porque não agredi ele verbalmente ou fisicamente. Eu só disse essas palavras: Marcos Braz, sai do Flamengo , só isso", contou o torcedor, garantindo não fazer parte de nenhuma Torcida Uniformizada do clube. "Falei exatamente isso, virei as costas e andei. Em nenhum momento fiz ameaças a ele ou à filha dele".
Campos ainda explicou o momento das vias de fato. "A lojista gritou, eu virei, e ele já estava vindo atrás de mim com o punho cerrado. Eu virei de frente para ele, dei um passo para trás, ele se desequilibrou e caiu, puxou as minhas pernas e eu também caí. Ele caiu sobre a minha virilha, pegou, me mordeu, e enquanto isso, veio um amigo dele (identificado apenas por André) e começou a chutar a minha cabeça", acusou. "Depois, os seguranças do shopping intervieram."
Braz alega que por cinco vezes citou a presença da filha de 14 anos no local para pedir que as cobranças parassem. A advogada do torcedor dá uma versão na qual a adolescente nem estaria no local. "Ela estava sim no shopping, porém não estava no local. Tem muita gente se disponibilizando a testemunhar para o Leandro. No momento da confusão a filha não estava com ele", garantiu Ana Luize.
E revelou as medidas a serem tomadas: "Meu cliente vai representar criminalmente e civilmente contra o Marcos Braz e seu amigo André que também o agrediu. Meu cliente está impossibilitado de trabalhar, ele está com medo de sair nas ruas. Absurdo colocá-lo como vítima."