Cubano cuidará da segurança Interna e da imigração

O Senado aprovou nesta terça-feira, 2, o nome de Alejandro Mayorkas para comandar o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos. É a primeira vez que um latino e imigrante ocupará o cargo, que tem entre suas atribuições estabelecer normas para estrangeiros que chegam ao país.

Ainda ontem, os senadores aprovaram o nome de Pete Buttigieg como secretário de Transportes, o primeiro membro declaradamente homossexual de um gabinete americano.

Mayorkas assume o cargo em um momento delicado. Na semana passada, o departamento que vai comandar emitiu um alerta de "ameaça elevada" de violência doméstica que seria patrocinada por extremistas, como a que ocorreu no dia 6, na invasão do Capitólio.

Mayorkas nasceu em Havana e se mudou para os Estados Unidos quando tinha 1 ano. Ex-promotor federal em Los Angeles, Mayorkas atuou como alto funcionário do departamento durante o governo Barack Obama e desempenhou um papel fundamental na criação do programa federal Daca, que concede autorização temporária para morar, trabalhar e dirigir nos EUA aos imigrantes que entraram no país de forma ilegal quando ainda eram crianças.

O novo secretário foi aprovado por 56 votos a 43, com uma forte oposição dos republicanos. Senadores levantaram dúvidas sobre a conduta de Mayorkas na condução de um programa de vistos para investidores quando trabalhava na administração do ex-presidente Obama.

Um relatório de 2015 da inspetoria do Departamento de Segurança Interna concluiu que Mayorkas interveio em casos envolvendo democratas de alto perfil, dando a impressão de que ele havia concedido tratamento preferencial a eles e a suas empresas.

Criado após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, o departamento tinha como principal atribuição ações de contraterrorismo antes da era Donald Trump. Mas o republicano fez do órgão um importante instrumento de sua agenda de política doméstica, especialmente na fronteira com o México.

Mayorkas assume o departamento após um período de intensa politização e até mesmo alguns apelos para que o departamento fosse extinto.

<b>Transportes</b>

O Senado também confirmou ontem o nome de Pete Buttigieg como secretário de Transportes. Buttigieg, de 39 anos, é ex-prefeito de South Bend, Indiana, e foi pré-candidato democrata à presidência em 2020. A confirmação, por 86 votos a 13, torna Buttigieg o primeiro secretário de gabinete abertamente gay. Ele também será o membro mais jovem do gabinete de Biden. "Estou honrado com a votação de hoje (0ntem) no Senado e pronto para trabalhar", publicou o ex-prefeito em seu Twitter após a confirmação.

Buttigieg terá a tarefa de promover a ambiciosa agenda do presidente de reconstruir a infraestrutura dos EUA e combater a mudança climática.

Elogiado pelo chefe por trazer uma "nova voz" ao governo, Buttigieg assume um Departamento de Transportes com 58 mil funcionários e orçamento de US$ 73 bilhões (R$ 392 bilhões).

Ele prometeu começar sua gestão promovendo a segurança e restaurando a confiança do consumidor nas redes de transporte dos Estados Unidos, já que companhias aéreas, ônibus, sistemas de metrô e trens municipais e interestaduais perderam muita receita por causa da pandemia do novo coronavírus. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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