As forças de segurança da Espanha prenderam cerca de 60 pessoas ao longo do sábado, 31, nos protestos contra as restrições adotadas para conter a propagação do novo coronavírus em diversas regiões do país.
As manifestações começaram a ser registradas ainda na sexta-feira, dia da entrada em vigor, em grande parte do território, das medidas que impedem deslocamentos e as aglomerações durante o feriado de Todos os Santos, que afetam 87% da população.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, a Espanha acumula 1.185.678 casos de infecção pelo novo coronavírus. Além disso, desde o início da pandemia da covid-19 no país, 35.878 pessoas morreram por causa da doença, de acordo com balanço divulgado na sexta-feira, já que não há atualizações durante o fim de semana.
Os protestos contra as medidas restritivas registrados nas últimas 48 horas, após convocação pelas redes sociais, tiveram como ponto em comum fins violentos, com lançamento de objetos e queima de lixeiras, entre outros atos de vandalismo.
Além dos 60 detidos, a polícia espanhola indicou que 11 agentes ficaram feridos durante a atuação na contenção das manifestações. Em Madri, cidade em que houve confronto mais tenso, foram 32 presos e 12 pessoas apresentando ferimentos, sendo três delas policiais.
"A conduta violenta e irracional de grupos minoritários é intolerável. Não é o caminho", escreveu no Twitter o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.
O Congresso da Espanha aprovou na quinta-feira, 29, uma prorrogação de seis meses do estado de emergência, o que permite a aplicação de duras restrições para conter o agravamento das infecções por covid-19.
Decretado pelo governo de Sánchez, o regime excepcional vigorará até 9 de maio e dá cobertura legal para o toque de recolher em quase todo o país.
Embora agora o vírus tenha um crescimento menor na Espanha do que em seus vizinhos, o país continua sendo uma das regiões mais afetadas pela pandemia. (Com agências internacionais)