Pelo menos 62 pessoas morreram e mais de 900 ficaram feridas na Turquia após um terremoto atingir a costa do mar Egeu na última sexta-feira, 30, conforme informações atualizadas pelo serviço de emergência turco Afad neste domingo, 1º de novembro. "Sessenta e dois cidadãos perderam a vida. Dos 940 feridos, 722 já tiveram alta dos hospitais e 218 ainda estão em tratamento médico", informou em nota a Afad.
A esperança de encontrar sobreviventes era cada vez menor neste domingo, no oeste da Turquia, enquanto as equipes de emergência retiravam cada vez mais corpos dos escombros.
Em Bayrakli, as equipes de resgate prosseguem com as buscas por sobreviventes entre os escombros de vários edifícios que desabaram na sexta-feira.
Durante a noite, um homem de 70 anos foi encontrado com vida, depois de passar 33 horas sepultado sob os blocos de cimento. Ele foi hospitalizado, segundo o ministro da Saúde.
O abalo foi tão forte que foi sentido em Istambul e Atenas, na Grécia. Além disso, provocou um mini-tsunami que inundou as ruas de Seferihisar, cidade turca próxima do epicentro, e afetou as costas de Samos. O terremoto também provocou as mortes de dois adolescentes na Grécia.
<b>Área mais devastada</b>
Área mais devastada pelo tremor, Bayrakli é um distrito de 300 mil habitantes que registrou um importante desenvolvimento demográfico nos últimos anos. Segundo a Afad, 17 edifícios desabaram nesta cidade e as buscas continuam em oito imóveis.
Em alguns momentos, as equipes de resgate pedem silêncio para tentar ouvir eventuais pedidos de socorro.
Exaustos, muitos moradores da cidade passaram a segunda noite consecutiva em barracas montadas nas ruas por medo de tremores secundários.
Esta foi a segunda vez no ano que a Turquia, país atravessado por várias falhas sísmicas, sofreu um terremoto.
Diante da nova catástrofe, Turquia e Grécia deixaram de lado as tensões diplomáticas e anunciaram a disposição para uma colaboração e ajuda mútua. <i>COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS</i>