Desde 6 de setembro, o Parque Ibirapuera recebe a 35ª Bienal de São Paulo, com vasto acervo em exibição, sob o tema <i>Coreografias do Impossível</i>. Como parte da programação, o mês de outubro traz opções para quem gosta de cinema. Os dois nomes em destaque são Sarah Maldoror e Kidlat Tahimik. Veja dias e horários abaixo.
Conforme a descrição da própria Bienal, Sarah Maldoror é considerada a mãe do cinema africano. Ela tem uma produção que soma mais de quarenta filmes. Na mostra, dois títulos da cineasta estão em cartaz: os documentários <i>Ana Mercedes Hoyos</i> (2009) e <i>Monangambé</i> (1969).
Além disso, estão em exposição anotações, roteiros, fotografias, pesquisas e até documentos que materializam os processos de criação da poeta e diretora.
Kidlat Tahimik também tem espaço na programação, com três filmes que "ampliam a poética do artista que é reconhecido pelo sentido de humor cáustico e único ao retratar as culturas filipinas em contraponto ao imperialismo cultural em curso".
Mais conhecido como cineasta independente, ele também é autor de instalações em grande escala e tem uma delas exposta na Bienal.
<b>Veja a programação de cinema na 35ª Bienal de São Paulo</b>
<b>6, 7 e 8 de outubro:</b>
<b>- 16h30:</b> Cinema Sarah Maldoror – Ana Mercedes Hoyos, 2009 e Monangambé, 1969
Dois documentários de Sarah Maldoror que trazem pontos de vista multiculturais pouco explorados pelo cinema. Em <i>Ana Mercedes Hoyos</i> a cineasta reflete artisticamente e de maneira explícita sobre a relação multicultural que está na base das comunidades colombianas. Já <i>Monangambé</i>, o primeiro curta-metragem realizado por Maldoror, é baseado em um conto do escritor luso-angolano José Luandino Vieira e narra a história de um preso político e a relação dele com as autoridades coloniais.
<b>Local:</b> Auditório da Bienal – Andar azul.
<b>20 de outubro:
– 16h30:</b> Cinema Kidlat Tahimik – Perfumed Nightmare, 1977
Em <i>Perfumed Nightmare</i>, Tahimik narra e protagoniza o papel de um jovem camponês com desejo de viver o sonho americano em uma mistura de documentário e paródia etnográfica, uma fábula surrealista e bem-humorada.
<b>Local:</b> Auditório da Bienal – Andar azul.
<b>21 de outubro
– 16h30:</b> Cinema Kidlat Tahimik – Memories of Overdevelopment, 2021 (35 ) e Turumba, 1981
Kidlat Tahimik, com câmera de bambu, mostra, em <b>Memories of Overdevelopment</b>, uma versão alternativa pós-colonialista da expedição de Fernão de Magalhães, com a primeira expedição dele em volta da Terra. Remontando um processo de exploração de uma pequena cidade por investidores alemães, em <i>Turumba</i>, o cineasta demarca o potencial das contra-narrativas como posicionamento político do Terceiro Cinema.
<b>Local:</b> Auditório da Bienal – Andar azul.
<b>22 de outubro
– 16h30:</b> Cinema Kidlat Tahimik – Who invented the Yoyo? Who invented the Moon Buggy?, 1979
Trazendo viagens interplanetárias a partir de pontos de vista alternativos, Tahimik criou um programa espacial filipino na cidade fictícia alemã onde vive. O filme é um depoimento audiovisual produzido pelo cineasta com e para a sua comunidade, e juntos constroem um foguete com sucata.
<b>Local:</b> Auditório da Bienal – Andar azul
As sinopses foram fornecidas pela Bienal.