O dólar opera em baixa no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 10, após abertura em alta leve. O mercado de câmbio ajustou-se ao enfraquecimento da moeda americana lá fora ante o peso mexicano e o rand sul africano.
Além disso, operadores relatam ofertas de exportadores no mercado à vista ajudando no alívio da moeda americana, por expectativas de possível anúncio de estímulos do governo da China ao setor imobiliário visando estancar risco sistêmico e estimular a economia para alcançar a meta oficial de crescimento, de 5% este ano.
A Country Garden confirmou hoje que falhou em pagar um título de US$ 60 milhões, denominado em dólares de Hong Kong, e alertou que pode "não ser capaz de cumprir todas as obrigações de pagamento offshore no vencimento" devido a incertezas financeiras. Em comunicado, a incorporadora chinesa afirma que isso inclui títulos emitidos em dólares, embora não se limite a eles.
A queda do minério de ferro na China e do petróleo nesta manhã, em meio a esperanças de uma trégua no conflito entre o Hamas e Israel, pesam, limitando a recuperação de algumas divisas emergentes, como o real, segundo operadores.
Sinais de política monetária também são monitorados. Às margens do Fórum do FMI e do Banco Mundial em Marrakesh, o membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC austríaco, Robert Holzmann, disse nesta terça-feira que o BCE poderá implementar mais ou dois aumentos de juros se houver "choques adicionais" à economia.
Mais cedo, no mercado interno, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a produção brasileira de grãos na safra 2023/24, em fase inicial de plantio, pode atingir 317,5 milhões de toneladas, volume que corresponde a uma ligeira queda em comparação a temporada anterior, influenciada pela perspectiva inicial de diminuição na produtividade média, uma vez que há indicativo de leve crescimento na área total semeada.
Às 9h43 desta terça, o dólar à vista caía 0,44%, a R$ 5,1073. O dólar para novembro recuava 0,50%, a R$ 5,1245.