Autoridades iraquianas disseram nesta terça-feira, 17, que pelo menos dois foguetes Katyusha atingiram a fortificada Zona Verde de Bagdá, sinalizando o fim de uma trégua informal anunciada em outubro por milícias apoiadas pelo Irã. No local, ficam a sede do governo do Iraque e de embaixadas estrangeiras, incluindo a americana.
Segundo a agência <i>France Presse</i>, os foguetes atingiram a Embaixada dos EUA. Jornalistas da agência disseram ter ouvido várias explosões, seguidas do som de outras detonações e de clarões avermelhados no céu, o que indicaria que o sistema de defesa americano C-RAM foi rapidamente ativado na sede diplomática.
Segundo a agência <i>Associated Press</i>, as autoridades em Bagdá disseram que ao menos dois iraquianos do serviço de segurança ficaram feridos.
Frequentes ataques contra a embaixada no ano passado levaram Washington a ameaçar fechar sua missão em Bagdá e gerou uma crise diplomática antes das eleições nos EUA.
Em meados de outubro, grupos de milícia apoiados pelo Irã anunciaram que suspenderiam temporariamente os ataques contra a presença americana no Iraque, incluindo a embaixada, com a condição de que as tropas da coalizão liderada pelos EUA se retirassem do país.
Os ataques ocorrem no mesmo dia em que o Pentágono anunciou que vai retirar 500 dos 3 mil soldados americanos que ainda estão no país e 2 mil do Afeganistão até 15 de janeiro.
Ainda hoje mais cedo, o regime iraniano afirmou que qualquer ataque por parte dos Estados Unidos ao país teria "uma resposta esmagadora". A declaração foi feita um dia após uma reportagem do New York Times revelar que Donald Trump pediu a conselheiros opções para uma ofensiva contra a principal instalação nuclear iraniana. O presidente americano, no entanto, foi dissuadido a não adotar nenhuma atitude. (Com agências internacionais)