O contrato mais líquido do ouro fechou em leve alta nesta quinta-feira, 26, seguindo as tensões por conta do conflito entre Israel e Hamas. A commodity chegou a voltar ao nível de US$ 2.000 por onça-troy, mas perdeu o patamar simbólico ao longo da sessão. Especialistas seguem apontando uma forte demanda pelo metal como porto-seguro, uma vez que o conflito no Oriente Médio segue com riscos de se alastrar, podendo afetar a economia global.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,12%, a US$ 1.997,40 por onça-troy.
Para Edward Meir, analista de commodities da Marex, o comércio de ouro nesta quinta-feira permaneceu calmo, apesar das tensões em curso em Gaza.
Na visão de Craig Erlam, da Oanda, "claramente, ainda há muito apetite por refúgios seguros nestes mercados incertos, mas o metal amarelo está lutando para dar o salto acima de um nível psicológico tão significativo", o de US$ 2.000 a onça-troy. "O fato de estar fazendo isso num contexto de um dólar forte e de rendimentos elevados mostra quão forte continua a ser o apelo do porto seguro", argumenta.
Nesta quinta, os militares israelenses disseram que suas tropas e tanques entraram brevemente no norte de Gaza, atingindo vários alvos militantes enquanto uma incursão terrestre mais ampla se aproximava após mais de duas semanas de guerra.
Os ataques aéreos israelenses devastaram partes da Faixa de Gaza, deixando bairros em escombros e hospitais com dificuldades para tratar feridos, à medida que os recursos estão cada vez menores.
Enquanto isso, representantes do Hamas estão em visita a Moscou, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. "Posso confirmar que representantes do movimento palestino Hamas estão em visita a Moscou. Quanto às suas reuniões, iremos mantê-los informados", disse.