Iota atingiu a costa da Nicarágua nesta segunda-feira, 16, como um furacão de categoria máxima, acompanhado por chuvas intensas e ventos que arrancaram árvores e telhados enquanto se moviam para a América Central, uma área devastada há duas semanas pelo ciclone Eta. "O olho do furacão já está tocando o limite da costa de Haulover", 41 km ao sul de Bilwi, a principal cidade do norte do Caribe, disse em entrevista a jornalistas o diretor de Meteorologia do Instituto Nicaraguense de Estudos Territoriais (Ineter), Marcio Baca.
O fenômeno chegou com ventos fortes de até 260 km/h e chuvas intensas que inundaram a favela de Bilwi, que ficou sem eletricidade horas antes da chegada de Iota, observaram jornalistas da agência <i>France Press</i> no local. Milhares de residentes foram transferidos para abrigos, enquanto outros permaneceram em suas frágeis casas de madeira. Os meteorologistas alertam para ventos devastadores, chuvas torrenciais e formação de ondas de até 6 metros.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) informou em boletim emitido às 21h desta segunda (horário de Brasília) que o Iota estava localizado a 55 quilômetros de Puerto Cabezas, na Nicarágua, e a 165 quilômetros de Cabo de Gracias, na fronteira do país com Honduras.
No último dia 3, o furacão de categoria 4 Eta causou deslizamentos de terra na costa nordeste da Nicarágua, com ventos sustentados de no máximo 220 km/h. Segundo estimativas do país centro-americano, o Eta deixou quase 1,9 mil casas destruídas e outras 8.030 com danos parciais. Nesta temporada, foram registradas 30 tempestades tropicais, das quais 13 foram furacões e, destas, seis foram grandes. O dia 30 de novembro marca o fim oficial da temporada de furacões no Atlântico. (Com agências internacionais).