O Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, afirmou nesta quarta-feira, dia 1º, que, com base na "posição clara do Conselho da UE de que Israel tem o direito de se defender", em conformidade com o direito internacional, "está consternado com o elevado número de vítimas na sequência do bombardeio por parte de Israel do campo de refugiados de Jabalia. Em sua conta na rede social "X", o diplomata escreveu que o direito à autodefesa deve ser sempre equilibrado pela obrigação de poupar os civis na maior medida possível.
"As leis da guerra e da humanidade devem ser sempre aplicadas, inclusive quando se trata de assistência humanitária. Com a tragédia que se desenrola em Gaza, a UE tem apelado desde a semana passada à criação de corredores humanitários e de pausas para necessidades humanitárias", disse Borrell. "A cada dia que passa, à medida que a situação se torna cada vez mais terrível, isto é mais urgente do que nunca", afirmou.
"A segurança e a proteção dos civis não são apenas uma obrigação moral, mas também uma obrigação legal", concluiu.
<b>O ataque</b>
O Exército israelense bombardeou nesta terça-feira, 31, o campo de refugiados de Jabalia, o maior da Faixa de Gaza. Segundo Israel, o ataque era parte de uma operação contra o Hamas e teria matado Ibrahim Biari, um dos responsáveis pelos atentados do dia 7 de outubro.
O Hamas disse que não havia nenhum líder do grupo em Jabalia e afirmou que a ação de Israel matou mais de 50 palestinos, deixando 150 feridos. De acordo com o grupo, a alegação de que Biari teria sido morto era uma justificativa para o "massacre". (Com agências internacionais)