Etíope e israelense vencem Maratona de Tóquio, só com elite devido ao coronavírus

O etíope Birhanu Legese venceu a Maratona de Tóquio, no Japão, neste domingo. A competição foi limitada a pouco mais de 200 atletas, todos corredores de elite, em razão do temor por conta da epidemia de coronavírus, nomeado Covid-19, que atinge principalmente a Ásia.

Legese marcou o tempo de 2h04min34s, 34 segundos à frente do segundo colocado, o belga de origem somali Bashir Abdi. O pódio foi completo por outro atleta da Etiópia, Sisai Lema, que chegou 36 segundos atrás do vencedor.

O recorde mundial de maratona pertence ao queniano Eliud Kipchoge, que cravou 2h01min39 em Berlim, na Alemanha. Legese ficou a pouco mais de dois minutos do seu recorde pessoal (2h02min48), estabelecido no ano passado, quando venceu em Tóquio pela primeira vez.

Na prova feminina, a israelense de origem queniana Lonah Chemtai, de 31 anos, triunfou em 2h17min45s, tempo inferior ao recorde mundial, de posse desde o ano passado da queniana Brigid Kosgei. A etíope Birhane Dibaba foi segunda classificada, a 50 segundos da vencedora, e a sua compatriota Sutume Asefa chegou em terceiro, a 2min45s da campeã.

Os japoneses dominaram as categorias paralímpicas. Tomoki Suzuki (1h21min52s) ficou com o ouro entre os homens, seguido por Sho Watanabe e Kota Hokinoue. No feminino, Tsubasa Kina (1h40min) foi a mais rápida, superando a australiana Christie Dawes e a compatriota Yurika Yasukawa.

O coronavírus obrigou a organização da prova a limitar a maratona a apenas corredores profissionais. Assim, o número de participantes foi drasticamente menor em relação às edições anteriores. A decisão foi divulgada no dia 17 de fevereiro.

O evento, considerado um dos seis principais do mundo, teve cerca de 38.000 participantes inscritos. Os atletas amadores impedidos de competir neste ano poderão garantir presença na maratona de 2021, com detalhes a serem divulgados no dia 1.º de abril. Segundo a organização, os custos da inscrição não serão devolvidos.

Alguns espectadores foram às ruas da capital japonesa, mas havia muito menos pessoas assistindo a prova do que nos últimos anos. O governo pediu que as pessoas não se reunissem em grandes multidões.

O Japão, país sede dos Jogos Olímpicos deste ano, tem mais de 200 casos – sem considerar as pessoas infectadas no Navio Diamond Princess – e já registrou três mortes. Várias competições ao redor do mundo foram canceladas, adiadas ou transferidas de seus locais originais, e há uma indecisão quanto à realização da Olimpíada, apesar de o Comitê Organizador ter mostrado confiança e dito repetidas vezes que o megaevento não será cancelado.

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