O presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ao sair do seminário "O Papel do Supremo nas Democracias" organizado pelo <b>Estadão</b> e ao comentar sobre a PEC que visa a limitar as decisões monocráticas da Corte, disse que respeita as circunstâncias do Congresso. Mas deixou claro que não gostaria que fossem implementadas mudanças no STF pelo menos neste momento.
"Eu preferiria que não houvesse mudanças no Supremo nesse momento. Porque passa uma visão equivocada de que os problemas do País passam pelo Supremo. Na verdade as soluções do País é que passam pelo Supremo", disse o ministro.
Barroso enfatizou ainda que seu diálogo com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é o melhor possível.
"(Temos) a melhor relação institucional e pessoal possível. E eu respeito as circunstâncias políticas de cada um, as circunstâncias do Congresso, e tenho procurado expor a minha visão de que mexer no Supremo não deve ser uma prioridade nesse momento em que o País tem outras demandas; mas o Congresso é o lugar do debate público", concluiu.
O seminário "O Papel do Supremo nas Democracias" é realizado pelo Jornal <b>O Estado de S. Paulo</b>, <i>Broadcast</i> e Universidade Presbiteriana Mackenzie.