Um dos vulcões mais ativos do oceano Pacífico, o Mount Ulawun, entrou em erupção na tarde de segunda-feira, 20, expelindo lava a uma altura de 15 quilômetros. A erupção do vulcão, que é o mais alto da Papua Nova-Guiné, diminuiu nesta terça-feira, 21, mas cinzas espessas ainda subiam no céu e cobriam telhados e palmeiras próximas.
O alerta sobre o nível do vulcão na ilha de New Britain, no nordeste do país, foi rebaixado pela Divisão de Gestão de Riscos Geológicos da Papua Nova-Guiné para a fase 3, que significa uma erupção moderada a forte. Na segunda-feira, o nível estava na fase 4, indicando uma erupção muito forte. Mas o vulcão, que está a 2.334 metros acima do nível do mar, permaneceu ativo e a erupção poderia permanecer indefinidamente, disse a divisão.
O Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas em Darwin, Austrália, relatou fumaça vulcânica subindo até 15 mil metros na segunda-feira. Já a divisão de Papua Nova Guiné relatou que a nuvem de cinzas subiu pelo menos 5 mil metros nesta terça-feira antes de se perder nas nuvens atmosféricas.
As pequenas partículas vulcânicas nas nuvens de cinza podem ser carregadas a longas distâncias pelo vento e podem atrapalhar a aviação. Uma espessa nuvem estendeu por dezenas de quilômetros para o noroeste de Mount Ulawun nesta terça.
A Autoridade Civil de Segurança na Aviação do país não respondeu os contatos feitos pela <i>Associated Press</i> questionando se viagens aéreas foram afetadas. Radares de aviação mostraram atividade normal em grandes aeroportos mais próximos, na capital nacional, Port Moresby, e em Honiara, capital das Ilhas Salomão.
A cidade grande mais próxima é Bialla, estabelecida entre plantações de óleo de palma. A divisão disse que pesadas camadas de cinza estava fazendo com que folhas caíssem nas plantações perto do vulcão e se acumulassem nos telhados.
A erupção fez com que o Japão avaliasse o risco de um possível tsunami na segunda-feira, mas nada ocorreu e as autoridades de Papua Nova-Guiné disseram que as chances eram "nulas".
Papua Nova-Guiné está sobre o "Circuito de Fogo", o arco de falhas sísmicas ao redor do Oceano Pacífico onde a maioria das atividades vulcânicas e terremotos do mundo acontecem. Ulawun entrou em erupção repetidamente desde 1.700, e sua última grande erupção em 2019 levou à retirada de mais de 5 mil pessoas da região.
A divisão disse que não houve vítimas conhecidas no histórico de erupções de Ulawun. Mas os grandes impactos em termos de deslocamento da população, danos nas infraestruturas e perturbações nos serviços eram comuns, disse a divisão. Fonte: Associated Press.