Estadão

Começa a Flip 2023; veja oito destaques da programação para assistir de casa

Ainda há ingressos para a 21ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa nesta quarta-feira, 22, e, até domingo, 26, promove uma vasta e plural programação com autores brasileiros e estrangeiros. A mesa de abertura, às 19h, será sobre Pagu, a autora homenageada. Na sequência, Adriana Calcanhotto faz um show no Auditório da Praça, com entrada gratuita.

Mas se não está nos seus planos uma viagem à costa sul fluminense nos próximos dias e se ainda assim você quiser acompanhar os debates que vão acontecer por lá, a dica é assistir pelo canal da Flip no YouTube. Todas as 20 mesas vão ser transmitidas ao vivo.

A Flip 2023 tem curadoria de Fernanda Bastos, jornalista gaúcha e editora de livros, e Milena Britto, professora da UFBA.

Entre os autores convidados estrangeiros estão a equatoriana Mónica Ojeda, a alemã Nora Krug, argentina Laura Wittner, a nigeriana Akwaeke Emezi e o ucraniano Ilya Kaminsky. Do Brasil, participam nomes como Adriana Armony, Luiza Romão, Marília Garcia, Angélica Freitas, Eliane Marques, Natalia Timerman e Itamar Vieira Junior.

Além da programação principal, a única com transmissão pelo YouTube, a Flip promove, ainda, a Flipinha, Flipzona e Flip+. Há ainda exibição de filmes no cinema da praça e encontros de autores nas casas parceiras.

<b>Veja a seguir oito destaques da Flip 2023 para ver de casa</b>
(as sinopses foram fornecidas pelos organizadores)

<b>Quarta, 22</b>

– 19h: A mulher do povo, com Kenneth David Jackson e Adriana Armony

Reunião de vozes que se propõe a iluminar a contribuição estética de Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, para as mais variadas linguagens artísticas, bem como o ativismo político que ecoa em toda a sua obra. Neste bate-papo, os autores salientam a contribuição de Pagu para o tempo em que ela viveu e o legado que deixou para as gerações que a sucederam.

<b>Quinta, 23</b>

– 15h: Um quarto meio escuro, com Mónica Ojeda e Alana Portero

Sombras, dramaturgias e narrativas polifônicas se entremeiam na ficcionalização de Mónica Ojeda e Alana Portero. Elas nos contam como utilizam a literatura para produzir novos sentidos para as existências e o mundo.

– 20h45: Lembranças de todas as coisas ocorridas, com Sinéad Gleeson e Natalia Timerman

Duas autoras nos convidam para um mergulho no ensaísmo e na ficção a partir da intimidade e do impacto das relações. Neste encontro, cabe o mundo como ele se apresenta e, dentro dele, os múltiplos universos explorados na ficção e no pensamento das mulheres.

<b>Sexta, 24</b>

– 12h: Bate ainda o coração da cidade devastada, com Marcial Gala e Luiza Romão

Essas duas vozes originais e criativas nos contam como elaboram suas leituras sobre a tradição literária ocidental. O que nos dizem hoje Cassandra e os soldados de Troia? Um debate sobre o impacto das leituras dos clássicos sobre a ficção contemporânea.

– 15h: Terra de fumaça descoberta pela guerra de nossos dias, com Ilya Kaminsky, Bruna Beber e Jorge Augusto

Poetas que desenham novas paisagens, acessando aquilo que é comum e estrangeiro na comunicação com os outros. O que significa o epíteto poesia política ou universal para eles? Com sua produção que investiga o mundo e a língua, eles nos conduzem para reflexões sobre a vida que vivemos e a que poderíamos viver fosse o mundo diferente.

– 20h45: Venha com um nome de família, com Nora Krug e José Henrique Bortoluci

Investigação, memória, afeto e inventividade se embrenham nas literaturas destes escritores. Neste diálogo, eles relembram o percurso que os levou ao reencontro com suas raízes e as narrativas que criaram a partir destas buscas familiares e afetivas.

<b>Sábado, 25</b>

– 19h – Mesa 18: Vocês servirão de lenha para a fogueira transformadora, com Christina Sharpe e Leda Maria Martins

Duas pensadoras que navegam pela potência da arte negra reúnem-se para celebrar a criação estética, a vida e a imaginação.

<b>Domingo, 26</b>

– 10h: Só então pude falar, com Itamar Vieira Júnior, Miriam Esposito e Glicéria Tupinambá

Educação, ancestralidade, cultura popular, oralidade e saberes são o ponto de partida para produções que transformam vidas. Com diferentes abordagens e perspectivas, celebram comunidades marginalizadas.

<b>Como comprar ingresso para a Flip 2023</b>

Os ingressos poderão ser comprados no endereço (https://flip.fcticket.com.br/). A meia entrada de R$ 65 é garantida idosos (com idade igual ou superior a 60 anos), estudantes, jovens de até 29 anos pertencentes a famílias de baixa renda, menores de 21 anos, profissionais das redes pública e privada de ensino do estado do RJ e pessoas com deficiência.

As mesas da Central Flipinha, na Praça da Matriz, da Flip+ e da FlipZona. em diferentes espaços, são gratuitas. E os debates da tenda principal serão transmitidos ao vivo no telão, no Auditório da Praça. Também não há cobrança de ingresso para acesso.

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