Taylor Swift faz seu último show da <i>The Eras Tour</i> no Brasil neste domingo, 26, em São Paulo, no Allianz Parque. A passagem da cantora foi marcada por diversas polêmicas, incluindo a morte de uma fã durante o show, apreensão de carros de sua comitiva e falta de organização e água potável ao público.
Ao todo, foram três shows no Rio de Janeiro e outros três em São Paulo. Relembre abaixo alguns dos principais acontecimentos que ganharam as manchetes durante a passagem da cantora pelo País.
<b>Taylor Swift no Rio de Janeiro</b>
O principal acontecimento da passagem de Taylor Swift no Rio de Janeiro foi trágico: a morte de Ana Clara Benevides, fã de 23 anos. Apesar de ainda não ter sido possível concluir a causa da morte, o laudo preliminar apontou uma hemorragia pulmonar.
"A gente tava chorando de emoção de ver a Taylor, e aí ela caiu. O pessoal puxou ela para fora, a gente estava bem na grade, e aí eu pulei a grade e fui correndo pro postinho de apoio deles. Eles atenderam ali, já começaram a tentar reanimar ela e eu entrei em desespero, porque vi que era grave. Chamaram a ambulância e pelo que entendi ela teve outra parada cardíaca ali na ambulância", relatou uma amiga.
A Delegacia do Consumidor (Decon) de Polícia Civil do Rio de Janeiro chegou a abrir um inquérito para investigar as condutas da Time For Fun (T4F) em relação à organização dos shows e à morte de Ana Clara, para apurar o possível crime de perigo para a vida ou saúde. Serafim Abreu, CEO da T4F, pediu desculpas pela morte seis dias depois.
Após o ocorrido, as políticas de entrada com água no estádio foram alteradas, e os shows também foram marcados para começar uma hora mais tarde. O Ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o governo federal investigaria a questão da falta de água potável aos fãs de Taylor Swift.
Em princípio, o show do dia seguinte, sábado, estava marcado normalmente. Muitos fãs passaram o dia na fila sob o sol e já estavam dentro do Engenhão quando o sistema de som anunciou o adiamento para a segunda-feira seguinte. Ainda assim, fãs sofreram com um arrastão na saída do local.
No show seguinte à tragédia, Taylor Swift não fez nenhuma citação ou homenagem direta à fã que morreu.
Alguns carros da comitiva de Taylor Swift também foram apreendidos por circularem no Rio de Janeiro com as placas cobertas por plástico preto, o que é crime.
Sem relação direta com o show, houve também um esfaqueamento na Praia de Copacabana, envolvendo Gabriel, um fã de Taylor Swift de 23 anos que estava na cidade para vê-la. Ele não resistiu ao ferimento e morreu.
Houve ainda o caso de Maria Eduarda Mendes, fã que foi ao show no domingo, 19, teve uma surpresa ao descobrir que estava grávida e entrar em trabalho de parto quando já estava dentro do estádio para assistir Taylor Swift. Ela saiu do show e foi para uma maternidade.
<b>Taylor Swift em São Paulo</b>
Diferentemente do que houve no Rio de Janeiro dias antes, em São Paulo, os fãs acabaram enfrentando chuva e frio para acompanhar Taylor Swift.
O primeiro show em São Paulo voltou a ter confusão com garrafas de água – a polícia militar não permitia que as pessoas entrassem com os recipientes tampados, o que afetou os primeiros fãs que entraram. O problema foi resolvido posteriormente, com nova orientação.
A organização das filas também deixou a desejar. Não só para os fãs, como também para a Associação de Moradores do Entorno da Arena SP, que relatou bloqueio de entrada de casas, lojas, escolas e até uma unidade de saúde por conta do acúmulo de fãs de Taylor Swift.
Com a música rolando, uma gafe: Sabrina Carpenter, que faz o show de abertura, se confundiu e agradeceu ao Rio de Janeiro, mesmo estando na capital paulista. Pouco depois, se corrigiu.
Taylor Swift anunciou que o show teria quebrado o recorde de público entre apresentações musicais no Allianz Parque. No dia seguinte, sábado, o recorde teria sido quebrado novamente.
<b>Repercussão de Taylor Swift no Brasil na imprensa internacional</b>
A morte de Ana Clara Benevides fez com que a passagem de Taylor Swift pelo Brasil ganhasse manchetes da imprensa internacional. A cobertura de alguns veículos grandes de comunicação dos Estados Unidos foi considerada amigável à cantora e motivo de críticas.
O <i>The New York Times</i>, por sua vez, destacou "planos arruinados, calor extremo e decepção" nos shows do Rio de Janeiro. Clique aqui para conferir a íntegra.
<i>The Eras Tour</i> – turnê de Taylor Swift continua no ano que vem
A <i>The Eras Tour</i> passa por uma pausa após o show de domingo, 26, em São Paulo, e será retomada somente em 7 de fevereiro de 2024, com shows em Tóquio, no Japão.
Taylor Swift ainda se apresentará em Austrália, Cingapura, França, Suécia, Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Holanda, Suíça, Itália, Alemanha, Polônia, Áustria e Canadá, onde constam as últimas apresentações previstas, em dezembro do ano que vem.