A novela <i>Paraíso Tropical</i>, sucesso no início dos anos 2000, retorna à TV Globo a partir desta segunda-feira, 27. Exibido originalmente em 2007, o folhetim será retransmitido pela primeira vez no <i>Vale a Pena Ver de Novo</i>.
<i>Paraíso Tropical</i> contou com nomes de peso da teledramaturgia brasileira, como Fábio Assunção, Vera Holtz e Tony Ramos. A trama, escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares, foi ambientada em Copacabana e trouxe discussões sobre cobiça e ética.
Alguns personagens ficaram marcados no imaginário das novelas brasileiras, como as gêmeas Paula e Taís, interpretadas por Alessandra Negrini, e o casal Olavo e Bebel, vivido por Wagner Moura e Camila Pitanga.
Inicialmente, a trama se passa na cidade fictícia de Marapuã, na Bahia, e acompanha Amélia e Paula. Paula se vê em um embate com o empresário Daniel, que expressa desejo de construir um resort no terreno do bordel da mãe, o mais famoso da região. Os dois, porém, passam a viver uma história de amor após sofrerem um acidente em alto-mar.
A novela também imortalizou outros grandes artistas. Nomes como Yoná Magalhães e Daisy Lúcidi deram vida a personagens do clássico folhetim, mas já não estão mais entre nós.
<b>Yoná Magalhães</b>
Yoná Magalhães, que interpretou a personagem Virgínia em <i>Paraíso Tropical</i>, morreu aos 80 anos em 2015 por complicações cardíacas. Além do trabalho na novela e de inúmeros outros clássicos da televisão brasileira, Yoná foi uma das estrelas do Cinema Novo ao protagonizar a obra-prima de Glauber Rocha, Deus e o Diabo na Terra do Sol, de 1964.
<b>Daisy Lúcidi</b>
Daisy Lúcidi, que viveu a personagem Iracema na trama, foi uma das vítimas da covid-19 no auge da pandemia. Ela morreu aos 90 anos em maio de 2020 após sofrer complicações da doença. Além de Paraíso Tropical, Daisy fez parte do elenco de novelas como Bravo!, de Janete Clair e Gilberto Braga, e Passione, de Sílvio de Abreu.
<b>Hugo Carvana</b>
Hugo Carvana, que interpretou Belisário, além de ator, também era um grande cineasta. Ele morreu em 2014, aos 77 anos, em decorrência de um câncer no pulmão. Ao todo, Carvana produziu nove filmes. À época da morte, ele foi homenageado no Festival Internacional de Cinema do Rio com uma sessão de gala do clássico Vai Trabalhar, Vagabundo em cópia restaurada. O longa rendeu o Kikito de Ouro de Melhor Filme no Festival de Gramado ao diretor.
<b>Nildo Parente</b>
Nildo Parente, que viveu Pacífico na novela, morreu em 2011, aos 74 anos. O ator chegou a ficar internado por dois meses em um hospital no centro do Rio de Janeiro após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Ele colecionou uma longa série de atuações no cinema, fazendo parte do elenco de Memórias do Cárcere, de 1984, e O Beijo da Mulher Aranha, de 1985. Em novelas, Parente também atuou em Quatro por Quatro, de 1995, e América, de 2005.