O zagueiro Lucão, atualmente no Goiás, está processando o São Paulo na Justiça do Trabalho. O jogador cobra mais de R$ 5 milhões do clube. Parte dessa quantia, R$ 1 milhão, se trata de um pedido de indenização pela forma que foi tratado na equipe. A informação foi confirmada pelo Estadão, que teve acesso ao Processo Judicial, que tramita no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Lucão alega que recebeu tratamento difamatório da diretoria do São Paulo diante da imprensa e, por isso, teria aceito ser emprestado ao Estoril, de Portugal, em 2017. O clube, por sua vez, afirma que o próprio jogador criou um ambiente onde a sua permanência na equipe tornou-se insustentável.
Conforme argumenta a defesa do São Paulo, Lucão teria dito, após uma derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, no estádio do Morumbi, que "já já iria embora". Naquela ocasião, o defensor não teria nenhuma proposta para deixar o time paulista.
O clube também cita em sua defesa que Lucão teria publicado um post de agradecimento à equipe tricolor em uma de suas redes sociais ao se despedir do São Paulo. A diretoria tricolor alega que esse gesto tornaria as alegações do zagueiro incompatíveis com a acusação de danos morais. A publicação foi apagada.
O jogador, que se lesionou em 2018, ainda cobra do clube salários atrasados. De acordo com Lucão, o São Paulo não o remunerou entre julho de 2018 e julho de 2019. A equipe tricolor, no entanto, alega que, em caso de lesão, ficaria ausente de quaisquer responsabilidades de remuneração, passando, assim, o dever de pagamento ao Estoril.
Lucão ficou marcado no São Paulo por atuações irregulares, o que lhe proporcionou uma "perseguição" por parte da torcida tricolor, fato agravado após a goleada aplicada pelo Corinthians por 6 a 1, em 2015. Em 2017 foi emprestado ao Estoril, onde se lesionou. Recuperado, no segundo semestre de 2019 o atleta passou a defender a camisa do Goiás.