O principal torneio do calendário do vôlei brasileiro chegou à sua trigésima edição em 2023. Desde o seu primeiro ano, em 1993, a competição foi responsável por consolidar o esporte como um dos principais do país e ajudou o Brasil a alcançar nove medalhas olímpicas, além de onze pódios em mundiais. Neste ano, a Superliga conta com o copatrocínio da plataforma de apostas Bet7k, que agora possui os naming rights da competição.
Talita Lacerda, CEO da Bet7k, expõe a satisfação que é estar junto à modalidade: “Estamos muito animados em fazer parte da Superliga Bet7k. Acreditamos na popularidade do esporte e o que ele construiu ao longo de décadas no país. É uma honra contribuir para o desenvolvimento do vôlei brasileiro nesse momento histórico”.
Segundo estudo divulgado pela base de dados da Nielsen, em 2023, o interesse ao redor da Superliga Feminina aumentou 81% quando comparado ao ano passado. Já o vôlei masculino atingiu sua maior audiência em TV aberta desde Tóquio 2020, com a vitória da Seleção Brasileira sobre a Itália em outubro deste ano pelo Pré-Olímpico de Vôlei.
Os números excelentes também podem ser vistos na TV fechada. Nos últimos quatro anos, 11 milhões de pessoas, por edição, em média, assistiram a Superliga no SporTV. De acordo com dados do Grupo Globo, 750 mil pessoas acompanham os jogos da Superliga Feminina por minuto, em média, enquanto 350 mil pessoas assistem a uma partida do masculino a cada 60 segundos. A Superliga hoje só está atrás do futebol e de alguns eventos que envolvem seleções, como jogos da Liga das Nações e do Campeonato Mundial.
Em abril deste ano, a Superliga Feminina de Vôlei levou o SporTV 2 à liderança de audiência entre todos os canais da TV por assinatura com a transmissão do primeiro jogo entre Sesi-Bauru e Minas, pelas quartas de final, da temporada 2022/23.
Na ocasião, a emissora alcançou mais de 830 mil pessoas e ficou em primeiro no ranking geral da TV paga. Segundo dados do Ibope, na faixa de realização do jogo, o SporTV registrou 17% a mais de audiência que o segundo colocado.
Formar ídolos ajuda a manter esporte em alta
A popularidade da categoria também se deve ao surgimento de diversos ídolos e figuras marcantes no esporte. Nesse aspecto, Paulo Maciel, presidente do Comitê Brasileiro de Clubes, explica como o processo de formação de atletas pode ajudar: “O bom momento do vôlei brasileiro muito se deve ao excelente trabalho que os tradicionais clubes formadores têm feito, investindo no desenvolvimento de jovens atletas. O CBC trabalha em parceria com esses clubes disponibilizando recursos que permitem a lapidação de talentos. É um projeto a longo prazo, mas que já tem trazido ótimos resultados para a modalidade no país”.
Em 2022, uma pesquisa da Sponsorlink, realizada pelo IBOPE Repucom, revelou que 87% dos brasileiros com 18 anos ou mais e que estão conectados na internet se declaram interessados pelo vôlei. O número corresponde a quase 100 milhões de pessoas. Em comparação com 2013, ano em que a primeira edição do estudo foi divulgado, houve um aumento de 113% no volume de atraídos pelo esporte e a tendência é que esse dado aumente em 2024 com a chegada dos Jogos Olímpicos de Paris.
É o que acredita Renê Salviano, especialista em marketing esportivo e CEO da Heatmap, empresa especializada em negociar contratos entre marcas e profissionais do esporte. O empresário explica a importância do esporte e dos jogadores aproveitarem o momento: “Com a chegada dos Jogos Olímpicos o mercado fica naturalmente mais agitado e nesse período, graças à visibilidade que o esporte recebe, muitas marcas procuram identificar atletas alinhados à própria comunicação para fechar contratos. Na nossa empresa, nós trabalhamos junto aos esportistas, como os irmãos Alan e Darlan, da seleção brasileira de vôlei, para que esse ‘boom’ seja aproveitado e que continue a longo prazo”, explica.