Estadão

Greve de três dias por salários e jornada na Alemanha paralisa quase todo transporte por trens

Um sindicato representante da maioria dos condutores de trens da Alemanha iniciou uma greve de três dias em uma disputa acirrada com a operadora estatal de transporte ferroviário do país em relação a salários e jornadas de trabalho. O ministro dos Transportes da Alemanha, Volker Wissing, pediu para que os dois lados voltem à mesa de negociação.

As viagens de trem em todo o país pararam quase totalmente, com os passageiros e outros viajantes lutando para encontrar alternativas. A estatal Deutsche Bahn disse que apenas cerca de 20% dos seus trens de longa distância estavam circulando e que muitos trens regionais e suburbanos em cidades como Berlim também não estavam operando.

"A greve do sindicato dos maquinistas GDL teve um impacto enorme nos serviços ferroviários na Alemanha", disse a porta-voz da Deutsche Bahn, Anja Broeker. "Lamentamos as restrições e esperamos que muitas pessoas que não conseguiram remarcar a sua viagem cheguem ao seu destino".

A paralisação está prevista para durar até 18h (horário local) do dia 12 de janeiro. A greve no transporte de passageiros começou nesta quarta-feira (dia 10), mas o movimento convocado pelo GDL nos trens de transporte de cargas TVE início na noite de terça-feira, 9.

A pauta das reivindicações do sindicato inclui redução gradual do horário de trabalho de 38 para as 35 horas semanais sem diminuição dos salários dos trabalhadores por turnos a partir de 1º de janeiro de 2025, junto a um aumento dos salários de 420 euros em duas etapas e uma elevação significativa dos subsídios, bem como uma compensação para a inflação na forma de um bônus de 3 mil euros. Fonte: Associated Press.

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