Estadão

Alta em SP exerce maior influência positiva sobre indústria nacional ante outubro, diz IBGE

A alta de 1,9% em novembro ante outubro na produção industrial de São Paulo, maior parque fabril do País, deu a principal contribuição positiva para o avanço de 0,5% na indústria nacional no período. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção paulista cresceu pelo segundo mês consecutivo, acumulando um avanço de 2,3% nesse período. Na passagem de outubro para novembro, a indústria paulista foi puxada pelo setor farmacêutico.

Como resultado, São Paulo passou a operar 0,4% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

"No mês anterior, São Paulo estava 1,7% abaixo do patamar pré-pandemia. Então é evidente o ganho de dinamismo, o ganho de produção para a indústria paulista", ressaltou Bernardo Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.

Segundo Almeida, apesar do avanço, ainda não há uma retomada da trajetória de crescimento sustentado, mas sim uma melhora no cenário da produção industrial.

Conforme o pesquisador, isso está relacionado à queda da taxa de juros, que amplia a renda disponível das famílias e torna o crédito menos encarecido. Ele pondera que, embora os juros permaneçam em patamares elevados, a expansão na renda aumenta o consumo, impactando diretamente a cadeia produtiva industrial.

O crescimento da massa salarial em circulação na economia e a queda na taxa de desemprego também aumentam a disponibilidade de renda das famílias, influenciando positivamente o consumo e estimulando a produção de bens industriais.

"Além disso, o crédito menos encarecido ajuda a diminuir as incertezas frente ao cenário macroeconômico, impactando nas decisões por parte dos produtores. Isso influencia na tomada de decisões, que se tornam mais otimistas, mais uma vez melhorando o ritmo da produção", acrescentou Almeida, em nota divulgada pelo IBGE.

Em novembro de 2023, a indústria de São Paulo permanecia operando 22,0% abaixo do patamar mais elevado, registrado em março de 2011.

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