As bolsas europeias estenderam a queda para o terceiro dia seguido, nesta quarta-feira, 17, com o mercado de Londres liderando o movimento, após dado da inflação ao consumidor no Reino Unido acima do esperado diminuir a possibilidade de um corte na taxa de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) em maio. O indicador reforçou um movimento observado nos pregões anteriores de redução das expectativas de flexibilização monetária em economias desenvolvidas, o que tem punido os mercados de renda variável. As ações das mineradoras e empresas ligadas a commodities computaram perdas acentuadas por indicadores frustrantes da China.
Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 cedeu 1,48%, aos 7.446,29 pontos. Após dados de inflação no Reino Unido mais fortes do que o esperado para dezembro, os mercados monetários passaram a mostrar que a probabilidade de um corte nas taxas de juros em maio estava em cerca de 56% – ou uma redução de 14 pontos-base, de acordo com dados da Refinitiv. Os mercados também precificam menos cortes nas taxas do BoE para todo o ano, com a expectativa caindo para quatro cortes até ao final do ano, ante quase cinco flexibilizações previstas anteriormente.
Entre as empresas ligadas a commodities, a Glencore perdeu 4,33%, a Anglo American caiu 2,19% e a Antofagasta, 1,94%. As ações da Ocado tiveram a maior queda porcentual, com perda de 5,96%, em correção após a varejista online de alimentos fechar em forte alta ontem com resultados.
Em Paris, o CAC-40 perdeu 1,07%, aos 7.318,69 pontos. Entre os ativos componentes do índice, as ações da Kering, empresa especializada em produtos de luxo, computaram a maior queda porcentual, ao fecharem em -3,51%.
O DAX, de Frankfurt, terminou em baixa de 0,84%, aos 16.431,69 pontos. Em Madri, o Ibex 35 marcou recuo de 1,28%, aos 9.867,80 pontos. O PSI 20, referencial da Bolsa de Lisboa, caiu 1,44%, aos 6.322,80 pontos. Em Milão, o FTSE MIB computou baixa de 0,79%, aos 30.098,86 pontos. *Com informações da Dow Jones Newswires.