Secretário do Tesouro dos EUA vê probabilidade de nova lei de apoio à economia

O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, não garantiu nesta quinta-feira, 21, que haverá mais medidas do governo federal dos Estados Unidos para apoiar a economia, mas disse que existe "grande probabilidade" de que seja necessário uma nova lei nesse sentido. Durante evento virtual do site <i>The Hill</i>, Mnuchin afirmou que a administração do presidente Donald Trump pretende revisar "com cuidado" nas próximas semanas os programas já em andamento, a fim de fazer ajustes e considerar eventuais novidades.

Um problema citado por Mnuchin e que ele diz que será preciso resolver é o caso de pessoas que conseguem ganhar mais com a ajuda oferecida neste momento de pandemia pelo governo do que se continuam trabalhando.

Além disso, Mnuchin afirmou que o governo Trump deve buscar apoio bipartidário para a próxima iniciativa de apoio à economia no Congresso, comentando que um novo projeto já em andamento na Câmara dos Representantes seria de interesse sobretudo do oposicionista Partido Democrata.

Outro item citado pelo secretário é que, segundo ele, o Congresso terá de estender o programa de proteção à folha salarial (PPP, na sigla em inglês) para além das oito semanas já aprovadas.

"A situação atual é sem precedentes", disse Mnuchin, que enfatizou o fato de que o elevado nível de desemprego atual é fruto não de questões econômicas, mas de uma emergência de saúde. "Estamos reabrindo a economia lentamente", comentou, acrescentando que esse processo de retomada dependerá muito do sucesso dos especialistas em saúde, para garantir por exemplo medicamentos mais eficientes ou vacinas. Ele citou o papel da retomada da confiança como importante para que as pessoas voltem a trabalhar, circular e consumir.

Mnuchin disse que o terceiro e o quarto trimestres deste ano devem ser melhores nos EUA, na frente econômica, sem citar números. Em outro momento da entrevista, ele foi questionado se tem sido submetido a testes para coronavírus.

O secretário disse que ele, o presidente e o vice, Mike Pence, têm passado pelos testes e também comentou que nunca teve teste positivo para a doença.

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