O vice-presidente de Políticas Públicas, Comunicações e ESG da GM para América do Sul, Fábio Rua, disse que o novo ciclo de investimentos da companhia até 2028 prevê R$ 7 bilhões, mas que isso corresponde apenas à primeira fase e outros aportes poderão ser anunciados no período caso a montadora observe aceleração do mercado. "O último ciclo foi de R$ 10 bilhões, mas foi anunciado de uma só vez. Agora, podemos anunciar outras fases neste período (de 2024 a 2028)", afirmou.
A empresa anunciou no período da tarde o início de um novo ciclo de investimento para suas operações no Brasil.
Com foco em mobilidade sustentável, os investimentos incluem seis novos modelos de veículos e modernização de fábricas.
<b>Futuro elétrico</b>
O presidente da General Motors International, Shilpan Amin, disse que a companhia vai trabalhar com o objetivo de transformar o mercado brasileiro de automóveis em totalmente elétrico nos próximos anos. Para alcançar esse objetivo, porém, Amin avaliou que há desafios e que novos modelos de veículos precisam atender à realidade local. "Precisamos de um portfólio de veículos 100% elétricos, mas isso não é rápido", afirmou.
O foco em mobilidade sustentável inclui seis novos modelos de veículos, que devem ser "carregados de novidades", segundo o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro.
Ainda não se sabe, mas os novos modelos poderão incluir elétricos e híbridos.
<b>Programa Mover</b>
Fabio Rua disse que a companhia está mais confiante com a segurança jurídica do País e que o lançamento do Programa Mover foi uma das peças para isso. A iniciativa foi criada por medida provisória publicada em 30 de dezembro e prevê apoiar a descarbonização dos veículos brasileiros, o desenvolvimento tecnológico e a competitividade global.
"Há limitações de aplicações dos recursos do Mover para algumas áreas da cadeia de produção. Contudo, havia dúvidas sobre a criação ou não do programa e o anúncio trouxe maior segurança jurídica", disse Fabio Rua à imprensa após anúncio do novo ciclo de investimentos da GM no Brasil.
O vice-presidente também comentou sobre o tratamento para o setor dentro da reforma tributária. "Conseguimos a manutenção de incentivos, ainda que não nos mesmos níveis anteriores", disse. Rua afirmou que a tributária não influenciou negativamente o montante anunciado para o novo ciclo de investimentos e que ela traz maior previsibilidade para o setor.
<b>Empregos</b>
Fabio Rua evitou responder concretamente sobre a criação de novos postos de trabalho com a implementação do novo ciclo de investimentos no Brasil.
A montadora fez no mês passado uma redução de 1,2 mil vagas por meio de um programa de demissões voluntárias.
Sobre as demissões, Fabio Rua disse que elas se deram em "conjuntura específica", que o PDV já teria sido encerrado e que teve como objetivo adaptar o quadro à realidade.
Já sobre a criação de novos postos com o aporte de R$ 7 bilhões anunciados nesta quarta para o ciclo de investimentos até 2028, o executivo afirmou que poderá ocorrer, mas que não pode falar sobre números neste momento.