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O governo dos Estados Unidos ameaça ampliar sanções contra a Venezuela, em comunicado divulgado neste sábado. A nota do Departamento do Estado qualifica como "profundamente preocupante" a decisão da Suprema Corte venezuelana de desqualificar da disputa nas urnas María Corina Machado, vencedora de primárias oposicionistas.
O comunicado, atribuído a Matthew Miller, porta-voz do Departamento do Estado americano, diz que a decisão de ontem do principal tribunal da Venezuela "é inconsistente com o compromisso de representantes do presidente Nicolás Maduro de realizar uma eleição presidencial competitiva em 2024". O governo americano diz que o processo contra Corina Machado "carecia de elementos básicos", pois a política não recebeu uma cópia das alegações contra ela nem teve a oportunidade de contestá-las.
O Departamento do Estado recorda que Maduro e seus representantes haviam feito um compromisso eleitoral, a fim de permitir que todos os partidos selecionassem seus candidatos para a eleição presidencial. "Os Estados Unidos estão atualmente revisando nossa política de sanções para a Venezuela, baseado neste acontecimento e no recente acosso político a candidatos da oposição democrática e à sociedade civil", afirma a nota do governo americano.