O secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, disse nesta quinta-feira, 1º, que os EUA estão se preparando para tomar medidas significativas em resposta às mortes de três de seus militares em um ataque a uma base na Jordânia. Segundo ele, é hora de desmantelar ainda mais as milícias apoiadas pelo Irã que atacaram as forças e navios dos EUA no Oriente Médio.
Austin disse que todos os drones na região que atacam os EUA são de origem iraniana. Os ataques retaliatórios devem atingir milícias na Síria e possivelmente no Iraque, embora Austin não tenha especificado o momento ou local preciso. "Teremos uma resposta de vários níveis e temos a capacidade de responder várias vezes, dependendo da situação", disse ele, em entrevista coletiva no Pentágono.
O secretário disse que os planos elaborados pelo governo tiveram o cuidado de garantir que a resposta dos EUA não desencadeasse uma grande escalada. "Existem maneiras de gerenciar isso para que não saia do controle, e esse tem sido nosso foco", disse o secretário de Defesa.
Três soldados dos EUA foram mortos e mais de 30 ficaram feridos em um ataque de drone a uma base relativamente pequena dos EUA na fronteira entre Jordânia, Iraque e Síria, no domingo. Eles foram as primeiras mortes militares dos EUA por fogo hostil desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro.
O Irã nega envolvimento e fez ameaças, caso seu território seja alvo dos americanos. Austin enfatizou que os EUA não estão em guerra com o Irã e Washington não sabia se Teerã estava ciente dos ataques na Jordânia. "Não importa, já que sabemos que o Irã patrocina esses grupos, financia esses grupos e, em alguns casos, treina esses grupos."
Austin disse que, sem o apoio iraniano, esses ataques não poderiam ser realizados. O jornal com sede nos Emirados Árabes Unidos, The National, relatou ontem que um comandante iraniano viajou para Bagdá e se encontrou com militantes apoiados por Teerã para pressionar por uma redução imediata das tensões.
Austin reconheceu que houve 160 ataques contra bases americanas na Síria e no Iraque desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel e deu início à guerra em Gaza. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)