A mulher que acusa Daniel Alves por crime sexual tentou sair do banheiro em que entrou com o jogador, mas foi impedida por ele. É o que disse o sócio da boate Sutton, onde o caso aconteceu, em depoimento no segundo dia de julgamento do jogador brasileiro. Outras testemunhas foram ouvidas. Nesta quarta-feira, acontece a última sessão, com a oitiva do jogador e de mais algumas testemunhas.
Robert Massanet, sócio da boate em Barcelona, definiu como "alterado" o estado da mulher e que ele teve dificuldades para convencê-la a acionar o protocolo de agressão sexual das leis espanholas. Segundo ele, a mulher tinha receio de ser desacreditada. "Ela me disse que não iam acreditar nela. E que havia entrado de maneira voluntária (ao banheiro), que logo quis sair, mas não podia. Estava bastante afetada."
Ele relatou, ainda em depoimento, que a viu chorando junto de um segurança do local, quando ouviu sobre a acusação de assédio. No depoimento, também foi apontado que Daniel Alves passou por eles e foi apontado pela mulher. Massanet também a questionou se ela havia sofrido penetração, o que foi confirmado.
O gerente da boate Sutton, Rafael Lledó, também depôs nesta terça-feira. Ele disse que Daniel Alves "não estava como sempre". Quis dizer que o jogador estava alterado pelo efeito de álcool. "Ou havia bebido, ou havia tomado algo, mas não estava normal". As menções ao possível estado de embriaguez do jogador foram repetidas em outros depoimentos durante a sessão.
A audiência ocorre em três dias consecutivos. O jogador brasileiro pediu para ser ouvido somente na quarta-feira, dia 7, quando os trabalhos têm previsão para acabar. Daniel mudou sua versão sobre o caso por diversas vezes, trocou de defesa e teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga do país. Ainda não há prazo para o anúncio da sentença.