Harvey Weinstein foi indiciado em novas acusações de crime sexual em Los Angeles, no mesmo dia que seu julgamento de outros casos começou em Nova York. O ex-executivo de Hollywood foi acusado de estuprar uma mulher e atacar sexualmente outra, em dois incidentes separados em 2013.
"Acreditamos que as evidências vão mostrar que o réu usou seu poder e influência para ter acesso às vítimas e então cometer crimes violentos contra elas", disse em um comunicado o promotor de Los Angeles Jackie Lacey. "Quero reconhecer as vítimas que se manifestaram e bravamente recontaram suas experiências. É minha esperança que todas as vítimas de violência sexual encontrem força e cura no futuro."
Weinstein supostamente estuprou uma mulher em um hotel no dia 18 de fevereiro de 2013, depois que entrou à força no quarto. Na noite seguinte, ele teria abusado sexualmente de outra mulher, esperada como testemunha no julgamento de Weinstein em Nova York.
A promotoria de Los Angeles vai investigar alegações de crimes sexuais contra Weinstein de três mulheres, disse Lacey.
O ex-produtor encara até 28 anos de prisão se for condenado nas ações de Los Angeles.
A promotoria de Manhattan não quis comentar as novas acusações.
"Há uma situação em LA acontecendo", disse sua advogada, Donna Rotunno, à imprensa nesta segunda-feira, 6.
A seleção do júri vai começar na terça-feira, 7, mais de dois anos depois das primeiras alegações contra o produtor e que catalisaram o movimento #MeToo.
Weinstein alega inocência e diz que todas as relações sexuais foram consensuais. Ele pode ser condenado à prisão perpétua se algumas das acusações mais graves foram aceitas pelo júri.