Nesta terça-feira (6) a Prefeitura de Guarulhos promoveu uma oficina do projeto Vivência – Conhecer para Acolher para um grupo de alunos do curso técnico de segurança do trabalho do Senac, no auditório da Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão, no Macedo.
A ação visa a orientar e sensibilizar instituições de ensino e empresas sobre práticas inclusivas que devem ser adotadas cotidianamente para o acolhimento da pessoa com deficiência e combater o capacitismo e o bullying.
A importância da iniciativa para o desenvolvimento dos estudantes foi destacada pela subsecretária de Acessibilidade e Inclusão, Mayara Maia. “Ao capacitar a próxima geração de profissionais técnicos com uma compreensão profunda de inclusão e do respeito pela diversidade, damos um passo significativo em direção a um futuro mais inclusivo. O projeto Vivência é um testemunho do nosso compromisso em construir uma sociedade mais inclusiva, em que todos têm seu valor reconhecido e suas necessidades atendidas”, afirmou a gestora.
Além da palestra com orientações e vídeos com situações corriqueiras, a turma experimentou alguns jogos adaptados, como o dominó para cegos com olhos vendados, o alfabeto Braille e a mímica.
Mayara explicou ainda a metodologia utilizada na oficina. “Por meio de jogos inclusivos e atividades interativas conseguimos não apenas educar, mas também sensibilizar os participantes sobre a realidade vivida por pessoas com deficiência”.
O grupo foi acompanhado pelo professor de saúde e segurança do trabalho do Senac, Rogério Roberto, que considera o projeto fundamental para a formação do profissional. “A legislação trabalhista impõe, por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), que as empresas implementem ações voltadas à inclusão e à acessibilidade. A oficina é uma ferramenta a mais para ajudar o técnico a lidar com essas situações”, disse.
Sensibilização
Para o assistente de gestão pública da Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão, Luis Eduardo Garcia Próspero, que colaborou na realização da oficina, ao abordar a inclusão da pessoa com deficiência a tendência é pensarmos apenas na sua adaptação. “A inclusão não é somente inserir a pessoa com deficiência no mundo das pessoas sem deficiência.
Não é uma via de mão única, porque o contrário tem de acontecer também”, disse o servidor.
As orientações obtidas na oficina, de acordo com a aluna Maria Rosa de Lima, de 52 anos, irão contribuir para a melhoria da execução do trabalho. “Achei a oficina ótima. As informações vão ajudar bastante nos relacionamentos com as pessoas com deficiência. Vi que falamos muitas frases capacitistas sem ter a noção de que estamos machucando outra pessoa”, contou a moradora do Jardim Ponte Alta, que trabalha atualmente no setor de limpeza hospitalar e pretende mudar de área.
A Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão integra a Secretaria de Direitos Humanos. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (11) 2422-7376 e 2414-3685.