Em um feito inédito, o público agora tem acesso ao catálogo completo da biblioteca pessoal de Charles Darwin, que inclui desde estudos sobre porquinhos-da-índia epilépticos até os romances preferidos do cientista.
Quase duas décadas de investigação meticulosa permitiu localizar milhares de livros, periódicos, panfletos e artigos que constituíam a coleção do naturalista. As informações são do <i>The Guardian</i>.
John van Wyhe, líder do projeto, destacou a amplitude e diversidade das leituras de Darwin, que abarcavam uma variedade surpreendente de temas. O catálogo de 300 páginas, Darwin Online, enumera 7.400 títulos e 13 mil itens, abrangendo jornais, panfletos e críticas. Alguns desses materiais remontam aos dias de escola de Darwin, revelando a profundidade de suas leituras desde a juventude. Registros de leilões desempenharam papel crucial na reconstrução da história de certos itens, como um artigo de 1826 de John James Audubon e um romance de Elizabeth Gaskell, de 1880.
Antes desse levantamento, apenas 15% do conteúdo real da biblioteca de Darwin era conhecido. Mais da metade das obras está em inglês, com o restante em línguas como alemão, francês e italiano, incluindo o primeiro registro fotográfico conhecido de bactérias.
Além de compilar os títulos, o projeto traz links para cópias gratuitas de 9.300 obras, reafirmando o impacto duradouro de Darwin no entendimento do mundo natural. A publicação do catálogo coincide com o aniversário de 215 anos de Darwin, realçando a vastidão de seu legado intelectual. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>