No fim da sua viagem iniciada na Índia em 6 de fevereiro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou em uma rede social que se reuniu em Abu Dhabi com o ministro da Indústria e Tecnologia dos Emirados Árabes Unidos, presidente da COP28 e também CEO da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc), empresa interessada em entrar no capital da Braskem.
O executivo aproveitou o carnaval para emendar um evento na Índia sobre transição energética no setor de petróleo (India Energy Week) com viagens a países do Oriente Médio – Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes – para conversar sobre negócios em andamento, como a Refinaria de Mataripe, na Bahia, vendida no governo Bolsonaro para o fundo de investimentos árabe Mubadala, e onde Prates já manifestou intenção de voltar a ter uma participação.
Em Abu Dhabi, o encontro teve como tema Braskem, além de outras oportunidades em gás offshore, refino e outras chances em petroquímica.
A Petrobras é sócia da Novonor na Braskem e, assim como a Adnoc, está fazendo uma <i>due dilligence</i> na petroquímica, para decidir se permanece ou não na companhia.
A Novonor controla a Braskem, com 50,1% do capital ordinário, e a Petrobras tem 47%. A estatal tem direito de preferência na compra da participação da Novonor e tem manifestado interesse em aumentar seu posicionamento no setor petroquímico.
Prates, porém, já afirmou que o setor não se limita à Braskem, mas ainda não decidiu se vai ficar na empresa. Segundo ele, são necessárias várias reuniões porque o assunto é extremamente complexo.
"A visita aos países do Golfo Arábico termina pelo Qatar nos próximos dois dias, quando nos encontraremos com nossa congênere Qatar Energy (antes QGPC e QPC) além de visitar um dos maiores terminais de GNL do mundo", disse Prates nas redes sociais.